De malas cheias e de corações vazios!
Não amamos o que fazemos!
16/06/2018
Quando somos ambiciosos
manifesta-se a insensibilidade, a aridez, a falta de criatividade, porque não
amamos o que fazemos! Queremos ganhar um dinheirão sendo políticos, escrevendo
livros, etc.; e portanto, ficamos de bolsos cheios, de algibeiras cheias, de
malas cheias, e de corações vazios ? ficamos insensíveis porque só na ausência
do ?eu? há Renovação, Criação, e o Amor que não pode ser pensado! Porém, muitos
falsos educadores, jornalistas investigativos e as elites políticas acham
importante a ambição, a expansão do ?eu?, a identificação do ?eu? com o que é
maior, com a pátria, com o nacionalismo, com o time de futebol, com as
organizações religiosas! Assim, se nutrimos o ?eu? com essas coisas não pode
haver inteligência ? o que existe é auto suborno! A inteligência não existe só
porque passamos nos exames universitários! Saber escrever corretamente não
significa ser inteligente ou criativo! O analfabeto pode ser muito mais
inteligente! Com a inteligência o veneno do nacionalismo e suas misérias
desaparecerão! Com a inteligência, com a desprogramação, também desaparecerá o
patriotismo que é outra forma de estupidez!
O ?eu? é programado, vazio,
faminto, mau, insuficiente, pobre, e por isso é possessivo: possui, domina,
governa e protege a mulher; faz da mulher o que quiser; possui a mulher
sexualmente e a domina exteriormente; busca a segurança psicológica, o conforto
psicológico, na propriedade, na mulher, nos filhos; é impiedoso e cruel no
comércio; explora o próximo, faz com que o próximo morra de fome, suga-lhe o
sangue; os filhos são importantes para o ?eu?, não por eles próprios, mas por
causa da continuidade do ?eu?, do nome, da casta, da classe, da nacionalidade,
da pátria, da tradição; quer ser um magnata da indústria, um político
influente, e ao mesmo tempo compassivo, religioso; procede cruelmente na vida
cotidiana, nos negócios, e por outro lado procura ser terno, meigo, bondoso;
quer ser rico, ambicioso, e ao mesmo tempo amorável e carinhoso no lar ? tanto
os Estados como os indivíduos, que são exteriormente ricos, também são
interiormente pobres! ?É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha
do que um rico entrar no Reino dos Céus!?
Portanto, só somos
interiormente ricos quando nos contentamos com pouco, com o satisfazer as
necessidades da vida! Só quando não utilizamos as pessoas para sustentar e
nutrir o ?eu?, há Amor, Sensibilidade, Criação, e não há exploração, pois é o
desejo, que todos temos, de ter coisas além do necessário que cria os constantes
desiquilíbrios econômicos! Só quando nos transformamos interiormente também
transformamos o mundo! Só o Amor que não pode ser pensado e a Visão Intuitiva
podem desprogramar o ?eu?!