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A Petrobras, o Brasil, eu e você

A Petrobras possui 200 bilhões de barris de petróleo no pré-sal, 130 plataformas e sondas, 7 mil poços de extração, 13 refinarias, 20 usinas termoelétricas, 47 terminais de armazenamento e lucro bruto anual de cerca de 100 bilhões de reais.

Edição: 360
Data da Publicação: 27/08/2021

A Petrobras possui 200 bilhões de barris de petróleo no pré-sal, 130 plataformas e sondas, 7 mil poços de extração, 13 refinarias, 20 usinas termoelétricas, 47 terminais de armazenamento e lucro bruto anual de cerca de 100 bilhões de reais - tudo isso é a nossa Petrobras. Sozinha, ela é responsável por 6,5% do PIB brasileiro e, se considerarmos todo ramo do petróleo, esse percentual chega a 13% de toda riqueza criada no país. Além disso, considerando o número de patentes, a Petrobras é a empresa que mais deposita patentes no Brasil, e por isso é a empresa mais inovadora do país.

Mas tudo isso está sendo desmontado pelo atual governo. O plano do governo é vender 70% de toda riqueza do pré-sal, 8 refinarias e todos os campos de petróleo e retirar a empresa do norte e nordeste, o que já está acontecendo.

Dessa forma, fica mais fácil entender as altas dos preços dos combustíveis que o brasileiro vem pagando, fruto de uma política irresponsável de gestão da direção da Petrobras em vincular o preço doméstico do petróleo aos preços internacionais, como se o Brasil não possuísse petróleo algum e precisasse importar 100% do petróleo, como se o Brasil não tivesse uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Nesse processo, só tem um vencedor: os acionistas minoritários da Petrobras, que terão suas riquezas maximizadas.

Por que irresponsável? Porque para atender aos interesses desse pequeno grupo de acionistas, inclusive estrangeiros, toda a economia do país paga um alto preço, seja de forma direta, que é nos combustíveis, ou de forma indireta, embutido nos preços das mercadorias, incluído o custo da energia elétrica em função do uso das usinas termoelétricas.

Essa política de preços vem arrebentando a economia do país. O rico tem seus mecanismos de defesa e consegue pagar mais pela energia, combustível e suas consequências. Mas o pobre pena para pagar mais caro pelos alimentos, transportes e aluguel, que sufocam o seu orçamento. Seu salário não tem mais a proteção do aumento real acima da inflação.

O IPEA mostra como a inflação concentrada em bens básicos acaba penalizando fortemente as pessoas de mais baixa renda. Enquanto isso, as ditas "reformas" avançam no "samba da mula sem cabeça", pois tiram direitos dos trabalhadores, sempre na promessa de resolver todos os problemas, mas estão, na verdade, retirando dinheiro do comércio e afundando a economia.