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De Ariel Sharon a Benjamin Netanyahu

A história se repete ao arrepio do mundo

Edição: 495
Data da Publicação: 05/04/2024

Rachel Corrie nasceu em Washington, Estados Unidos, em 1979. Depois de se graduar na Escola Pública de Capital High, Rachel Corrie cursou várias cadeiras ligadas às artes na faculdade Estadual de Evergreen. Após um ano de estudo no curso superior, ela trancou os estudos para se dedicar às causas Humanitárias.

Ainda em Washington, ela se tornou uma ativista humanitária das causas ligadas à paz. Passou 3 anos visitando hospitais psiquiátricos semanalmente. Posteriormente, se uniu ao Movimento da Solidariedade Internacional, de modo a poder protestar em defesa dos civis palestinos e contra a política de expansão israelense.

Rachel, então, foi até a palestina, em Janeiro de 2003, lutar contra a expansão colonial israelense. Em sua primeira noite, na cidade de Rafa, ela e os outros membros do Movimento da Solidariedade Internacional situaram suas tendas entre snipers, israelenses e palestinos. Foram removidos a tiros. Snipers são atiradores especializados em armas e tiro de precisão, que perseguem e eliminam alvos selecionados com um único tiro de arma de precisão

Em março de 2003, o Exército Israelense estava demolindo casas civis dos palestinos na cidade de Rafa. Rachel Corrie, em um grupo de britânicos e americanos do Movimento Internacional, decidiu protestar, tentando parar a demolição. Em resposta, a retroescavadeira pilotada por um soldado israelense avançou, esmagando brutalmente Rachel contra uma parede.

Uma equipe da Cruz Vermelha ainda a levou ao Hospital El-Najar, todavia ela faleceu em virtude dos ferimentos graves aos 44 anos. Após a morte de Rachel Corrie, soldados israelenses fizeram panquecas, comemorando o assassinato da jovem ativista, em uma analogia macabra por ela ter sido "esmagada como uma panqueca", e *5postaram em suas respectivas redes sociais, zombando da tragédia, celebrando e pedindo doações para o Exército Israelense.

O primeiro-ministro israelense da época, Ariel Sharon, prometeu ao então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma investigação transparente, todavia a justiça de Israel decidiu que o caso foi acidental. A Human Rights Watch, entidade ligada à defesa dos Direitos Humanos, emitiu um relatório condenando a decisão, e a ONU, na voz de seu relator, disse que o julgamento israelense representou a "Vitória da Impunidade".

Após a tragédia da sua morte, os pais de Rachel, Craig e Cindy, decidiram dedicar sua vida à defesa dos civis palestinos, em prol do legado de sua filha, criando também a "Fundação Rachel Carrie Pela Paz e a Justiça". Em 2023, os e-mails de Rachel à sua mãe tornaram-se um livro, "Let Me Stand Alone", em que ela relata a condição desumana dos palestinos imposta por Israel e sua sede de justiça.

Segundo o jornalista Rui Costa Pimenta, "Israel está perpetrando todos os crimes possíveis e imagináveis durante a atual operação na Faixa de Gaza. O objetivo do governo de Benjamin Netanyahu é expulsar 2 milhões de pessoas para um campo de refugiados no Egito, comparando esse ato a um dos maiores crimes cometidos nos últimos 100 anos".

Hoje, o que se percebe é que a prioridade de Netanyahu não é mais o Hamas, mas, sim, destruir a Faixa de Gaza de tal maneira que inviabilize a vida na Palestina ocupada.

Fonte História Islâmica e TV 247