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Os EUA têm 19 bilhões de reservas de petróleo. A Venezuela tem 300 bilhões.
E o Brasil tem de 40 a 200 bilhões de barris
Edição: 230
Data da Publicação: 22/02/2019
Ao contrário do que a grande imprensa divulga, o
presidente Maduro, da Venezuela, está longe de cair. Dois fatores são
importantes para a manutenção de Maduro no poder: a primeira são as enormes
manifestações populares, que passam de 1 milhão, 2 milhões de pessoas; a
segunda, diferente do Brasil, é que as forças armadas venezuelanas são
patriotas, lutam pelo país e sabem que o que está em jogo é o barato petróleo
venezuelano e suas imensas reservas petrolíferas. A Venezuela produz 1/4 do que
todos os países da OPEP - Organização dos Países Produtores de Petróleo,
produzem. A Venezuela produz mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, e
desses, 600 mil eram vendidos para os EUA. É fácil entender a crise venezuelana
e o golpe de 2016 no Brasil.
Os EUA têm
reservas de 19 bilhões de barris de petróleo e seu declínio está previsto para
a próxima década, mais 6 ou 7 anos. A Venezuela tem reservas estimadas em 300
bilhões de barris de petróleo, elas são maiores, por exemplo, do que a Arábia
Saudita, Canadá, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes, e produz o óleo pesado,
que é o mais usado pelos EUA. O Brasil tem certeza de 40 bilhões do pré-sal e
pode chegar a 200 milhões de barris.
As batalhas geopolíticas e econômicas estão no centro do
mundo por causa da energia petrolífera. A Casa Grande, quer dizer, a Casa Branca,
não conseguiu controlar os territórios do Iraque, Afeganistão, Iêmen, Líbia,
Sudão e Síria. Diante desse quadro, a política americana se voltou para
"recuperar" a América Latina, afastando as forças de esquerda, progressistas e
nacionalistas em países como Equador, Venezuela, Argentina, Bolívia, Nicarágua,
Brasil e México por meio de sanções econômicas e ameaças militares.
A Venezuela já comercializa seu petróleo em renminbi
(moeda chinesa), euro e também em rúpia indiana. A desdolarização do comércio
mundial enfraquece a hegemonia financeira dos EUA.
O boicote generalizado do tipo que a Venezuela está
sofrendo, e que Cuba também sofre há décadas, é uma atividade criminosa,
genocida, como se fosse uma coisa muito democrática. É fazer com que as pessoas
morram por falta de medicação, alimentação etc.
Mas o capitalismo é assim mesmo: se você for uma pessoa
pobre e necessitada e precisar roubar, você é preso, julgado e condenado; mas
se for rico, multibilionário e assaltar um pobre, isso é normal.
Sábado, 23/2, é o dia que os EUA marcaram para entregar, à
força, a "ajuda humanitária" à Venezuela. Toda ajuda humanitária é feita pela
Cruz Vermelha, Oxfan, Médicos sem Fronteira, entre outras. Mas essa "ajuda", se
entrar, não será para ser entregue ao governo do país, e sim aos golpistas,
antidemocráticos, cujo o líder se autoproclamou presidente.