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EUA, fora da Amazônia!
O ambientalismo não visa à preservação do meio-ambiente, mas tem a finalidade de obstaculizar o desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento oprimidos pelos ricos
Edição: 465
Data da Publicação: 01/09/2023
Lula reuniu-se com a com a embaixadora dos
Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o administrador da Nasa,
Bill Nelson, no Palácio do Planalto. A embaixadora já tinha sido recebida pela ministra
da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do PCdoB. Na reunião,
discutiram questões referentes à cooperação espacial entre o Brasil e os EUA,
sobre a "importância" da NASA para o desenvolvimento científico e
tecnológico do Brasil e, como não poderia deixar de faltar, sobre o meio
ambiente, em especial a Amazônia.
Segundo informações da grande imprensa, Bill
Nelson teria dito que o governo norte-americano oferecera ao Brasil o uso de
três novos satélites, com suposta finalidade de fornecer informações mais
detalhadas sobre o desmatamento na Amazônia - isto é, espionar a região. Em
outras palavras, os emissários do imperialismo reuniram-se com Lula para
pressioná-lo a ceder os aspectos nacionalistas de seu programa, em especial no
que diz respeito à Amazônia, e, consequentemente, a exploração dos recursos
naturais com vistas ao desenvolvimento do Brasil.
Não coincidentemente, os jornais da imprensa
brasileira, que nada mais são do que porta vozes do interesse do imperialismo
no Brasil, vêm progressivamente intensificando a campanha ambientalista ao
longo das últimas semanas.
Jornal Estado de São Paulo
Por exemplo, o Estadão publicou editorial
defendendo que a Amazônia seja voltada para a geração de créditos de carbono, e
que essa atividade teria um enorme retorno econômico para o Brasil. E qual
seria o retorno, segundo o jornal golpista? Cerca de US$ 50 bilhões até 2030.
E, pasmem, apenas "boa parte"
desse ganho poderia ficar com o Brasil, desde que "a manutenção das florestas em pé seja elevada
à condição de prioridade nacional".
Não poderíamos explorar os recursos naturais
Uma mixaria se comparado com o proveito
econômico que poderia render ao País em decorrência da exploração dos recursos
naturais existentes na região, sejam eles biológicos (da flora Amazônica que podem
ser retiradas muitas substâncias úteis à produção de fármacos), mineiras e, é
claro, os recursos energéticos em especial, o petróleo, além do hídrico.
O que está acontecendo, em suma, é que o
imperialismo segue a todo vapor em sua política "ambientalista". Não
apenas na imprensa nacional, mas na própria imprensa internacional onde vemos,
rotineiramente, matérias noticiando catástrofes naturais, pintando-as como
produto das mudanças climáticas, estas, por sua vez, decorrentes do uso de
combustíveis fósseis. Editoriais e matérias opinativas buscam estimular uma
defesa da tal transição energética.
Conforme já explicado por esse jornal, várias vezes, a
política ambientalista dos países ricos possui a finalidade, única, de
obstaculizar o desenvolvimento econômico dos países que querem se desenvolver
usando seus recursos naturais. Através dela, Estados Unidos e Europa Ocidental
fomentam a política de que as florestas precisam ser deixadas em pé e que a
utilização de combustíveis fósseis deve ser abandonada. Uma política cínica,
afinal são esses países os maiores emissores de poluentes na atmosfera, tendo,
inclusive, devastado praticamente toda a vegetação natural dos respectivos
países.
Fatos como esse deixam claro que as diretivas
do império é que "desmatamento zero" e a "transição enérgica"
devem ser implementados somente pelos países atrasados.
Tais políticas são duas faces de uma mesma
moeda. Através da imposição delas, o imperialismo busca impedir que países de
capitalismo atrasado como o Brasil possam explorar os recursos naturais
decorrentes da própria floresta Amazônica e os recursos minerais energéticos
que existem debaixo do solo.
Por óbvio, para que tais forças produtivas
sejam utilizadas, é necessário que sejam abertas clareiras na floresta, como,
aliás, já aconteceu. Sem isto, não é possível ao Brasil usufruir de seus
recursos naturais. Sem poder utilizá-los, não é possível que o governo
reindustrialize o país. Não havendo a industrialização, é impossível o
desenvolvimento econômico da nação. Por conseguinte, o povo fica destinado a
viver na miséria.
A pretexto de defender o meio ambiente, o
imperialismo impede que os recursos naturais existentes no Brasil (e em demais
países oprimidos) sejam explorados em favor de seu desenvolvimento econômico, e
é isso que está ocorrendo com a intenção do Brasil de pesquisar se há
viabilidade econômica a 500 km da foz do rio Amazonas. O Ibama e o Ministério
do Meio Ambiente são abertamente contrários a soberania nacional e ao
desenvolvimento do país.
Resumindo, o imperialismo quer que o Brasil
preserve a Amazônia para que os EUA e a Europa possam explorá-la quando tiverem
condições de passar por cima do governo e do povo brasileiro. E isto é feito devido
à crise energética que vem assolando os países ricos, em especial após as
sanções aplicadas contra a Rússia, mas também devido ao fato de que a ditadura
do imperialismo vem perdendo controle sobre o Oriente Médio, e, recentemente,
sobre a África. Sem poder saquear o petróleo e recursos minerais dos países
atrasados, os países imperialistas tendem ao colapso. Não é por nada que a
questão ambiental já foi elevada à categoria de segurança nacional nos EUA.
Milhares de ONGs financiadas pelos EUA e Europa
Nesse sentido, a operação política para
saquear os recursos naturais brasileiros já foi desatada e, a cada dia que
passa, o imperialismo busca avançar seu domínio sobre o território nacional, em
especial a Amazônia. Milhares de ONGs financiadas pelos EUA e Europa existem no
norte do País. Segundo o jornalista Rui Costa Pimenta, "a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, é, notoriamente, financiada pelo imperialista George
Soros. Não é à toa que ela determinou ao IBAMA que negasse à Petrobrás a
licença para perfurações na Bacia da Foz do Amazonas. No que diz respeito aos
membros do governo, ela é o principal cavalo de Troia a serviço do imperialismo,
para barrar a exploração do petróleo nacional. E, a fim de cercar mais ainda o
Brasil, a mesma operação já foi desatada nos demais países amazônicos, todos
conduzidos por governos capituladores perante os imperialismo (salvo Venezuela)".
Diante disto, é preciso que todas as
organizações dos trabalhadores, da cidade e do campo, e todos aqueles que estão
genuinamente preocupados com a questão da industrialização e do desenvolvimento
do país, organizem uma campanha contra a presença dos Estados Unidos e do
imperialismo europeu no Brasil, contra suas ONGs e seus infiltrados no governo,
e em prol da exploração do petróleo e demais recursos naturais, a fim de que o
país possa ser reindustrializado e a população ser tirada da miséria.