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A eleição americana foi muito além da escolha presidencial

Nas eleições de 3/11, os americanos votaram em uma série de plebiscitos, além de escolherem seus representantes para Câmara, Senado e prefeituras

Edição: 318
Data da Publicação: 13/11/2020

Nas eleições de 3/11, os americanos votaram em uma série de plebiscitos, além de escolherem seus representantes para Câmara, Senado e prefeituras.

Os eleitores dos estados de Nova Jersey, Arizona, Dakota do Sul, Montana e Mississipi

Nos estados de Nova Jersey, Arizona, Dakota do Sul, Montana e Mississipi, os eleitores votaram e aprovaram a legalização da maconha para fins recreativos e medicinais, fazendo com que cerca de um terço da população do país viva em estados onde há acesso legal à erva.

Estado do Oregon

O estado do Oregon tornou-se o primeiro estado a descriminar o porte de pequenas quantidades de drogas como cocaína, heroína, LSD e a metanfetamina. Os eleitores também aprovaram a legalização do uso terapêutico de cogumelos psicodélicos.

Estado do Novo México

O estado do Novo México foi o primeiro estado a eleger apenas mulheres indígenas e latinas (não brancas) para a Câmara dos Deputados. Foram eleitas a democrata Ded Haaland, mulher do povo indígena Laguna Pueblo (reeleita), a democrata Teresa Leger Fernandez (latina) e a republicana Yvette Herrell, da nação indígena Cherokee.

Recorde de indígenas eleitos

Nessa eleição houve um recorde de legisladores indígenas a se dirigirem ao Congresso americano. As democratas Ded Haaland do Novo México e Sharice Davids do Kansas foram reeleitas, bem como os republicanos Tom Cole e Markwayne Mullin, ambos do Oklahoma. Com primeiros mandatos, são o democrata Kaiali Kai Kahele do Havaí e a republicana Yvette Herrell do Novo México.

Estado de San Diego

O estado elegeu o democrata Todd Gloria, que se tornou o primeiro prefeito abertamente LGBTQ+ e negro eleito na cidade.

Comunidade LGBTQ+

A comunidade LGBTQ+ caminha em direção a uma maior representação na política nos EUA. Mondaire Jones, Sara McBride, Mauree Turner, Taylor Small, Kim Jackson, Stephanie Byers, Ritchie Torres e Jabari Brisport são alguns dos representantes escolhidos em seus estados.

Estado do Colorado

No estado do Colorado, os eleitores aprovaram, com uma maioria de 59%, não limitar o procedimento de aborto até a 22ª semana de gestação. O estado é um dos que não estabeleceram uma semana máxima na gravidez para que o aborto possa ser feito.  O procedimento é legal em todos os 50 estados norte-americanos desde 1973.

Como se vê, foi uma eleição que foi muito além da escolha presidencial. Questões polêmicas foram decididas diretamente pela população e apenas pelos representantes congressuais (deputados e senadores).