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Israel bombardeia e destrói sede do Supremo Tribunal de Gaza; região sul da Faixa tem ataques intensificados
Informações publicadas pelo jornal israelense Haaretz
Edição: 478
Data da Publicação: 08/12/2023
Duas
semanas depois de ocupado, o Supremo Tribunal da Faixa de Gaza foi
bombardeado e destruído ontem pelo exército de Israel, conforme informações
publicadas nesta segunda-feira (4) pelo jornal israelense Haaretz. A ação
ocorreu cerca de duas semanas após o local ter sido ocupado pelos oficiais e
foi dedicada à "memória de todos os assassinados no massacre de 7 de outubro
pelo Hamas", segundo um integrante do exército israelense.
Dezenas
de tanques israelenses entraram no sul de Gaza, onde o Exército de
Israel expandiu a ofensiva terrestre contra o Hamas, apesar da
presença de centenas de milhares de civis. As forças israelenses, que iniciaram
a ofensiva por terra em 27 de outubro no norte do território palestino,
multiplicaram os bombardeios no sul desde a retomada dos combates em
1 de dezembro, após sete dias de trégua.
"Os
combates e o avanço terrestre do Exército israelense na região de Khan Yunis
não permitem que os civis se desloquem pela rodovia Salaheddin, no norte e no
leste da cidade", indicou o Exército em um comunicado. No X (antigo
Twitter), a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana
Spoljaric, que chegou a Gaza nesta segunda, denunciou o "sofrimento
intolerável" da população.
"-
Cheguei a Gaza, onde o sofrimento das pessoas é intolerável. Repito o nosso
apelo urgente para que os civis sejam protegidos de acordo com as leis da
guerra e para que a ajuda chegue sem obstáculos." - escreveu - "Os reféns devem
ser liberados e a Cruz Vermelha autorizada a visitá-los com segurança." -
continuou.
O
Ministério da Saúde do Hamas informou hoje que 15.899 pessoas morreram desde o
início do conflito, em 7 de outubro, quando terroristas invadiram o território
de Israel e mataram 1,2 mil pessoas, sendo a maioria civis, segundo as
autoridades israelenses. Conforme o órgão palestino, 70% dos mortos são
mulheres e menores de idade que foram atingidos por bombardeios de Israel.
O
Exército israelense também anunciou que três soldados morreram neste domingo no
território, elevando para 75 o número de militares mortos desde o início da
ofensiva terrestre, e a 401, desde 7 de outubro. Nesta segunda-feira, os
combates começaram em Gaza e testemunhas afirmaram à AFP que tanques de Israel
abriram fogo e entraram pela primeira vez em um mercado na Cidade de Gaza.
Um
bombardeio na entrada do hospital Kamal Adwan, localizado no norte de Gaza,
deixou vários mortos durante a madrugada, segundo a agência palestina Wafa. O
Exército não confirmou a informação.
Com informações de O Globo e Agenda do Poder