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Em traição ao Rio e ao Brasil, O GLOBO condena a retomada do Comperj e ataca os investimentos da Petrobrás para aumentar o refino

Sempre em nome do capital privado e na lógica perversa da finada Lava Jato, que tantos males provocou ao Brasil, o jornal argumenta que a Petrobrás não deveria mais investir em refino porque anos atrás houve corrupção na empresa

Edição: 485
Data da Publicação: 26/01/2024

Com largo histórico de traição aos interesses nacionais, o jornal O Globo, em editorial, retoma a surrada catilinária contra a ação da Petrobrás em favor do desenvolvimento nacional. Critica os investimentos da estatal na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, para aumentar o refino de diesel, de que, hoje, grande parte é importada a preços proibitivos (em dólar), dada a insuficiente produção nacional. Como sempre, o jornal sobrepõe os interesses do capital internacional aos anseios mais legítimos da população, do comércio e da indústria brasileira na busca de um combustível mais barato e que fomente o crescimento econômico, geração de emprego e renda da população.

Estado que deveria defender

Na mesma toada, o GLOBO, sediado no Rio, deixa cair sua máscara e se coloca, de antemão, contra a retomada das obras do Comperj, localizado no município de Itaboraí, e que representa um investimento da ordem de 8,4 bilhões de dólares. Atua, portanto, contra os interesses econômicos e sociais do estado o qual deveria defender. Diz ipsis litteris: "O governo parece inabalável em sua crença no Estado como indutor do crescimento. Outro sinal disso é o plano de ampliar o GasLub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ), para erguer uma unidade de produção de diesel renovável e uma petroquímica".

Sempre em nome do capital privado e na lógica perversa da finada Lava Jato, que tantos males provocou ao Brasil, o jornal argumenta que a Petrobrás não deveria mais investir em refino, porque, anos atrás, houve corrupção na empresa (como se uma empresa tivesse vida própria para praticar corrupção). É inacreditável o argumento. Resolve-se a traição com a retirada do sofá da sala, na visão caolha dos Marinho.

"O  desperdício da Petrobras em projetos faraônicos de refino tem sido crônico ? um estudo verificou que as gestões petistas gastaram mais que o quádruplo de tudo o que foi investido no setor ao longo da história da empresa, para aumentar a capacidade de produção em apenas 20%", escreve o editorialista, na verdade  um ghost writer das petroleiras internacionais, frustradas com a retomada dos investimentos da estatal, que, assim, volta a ter papel preponderante no mercado, regulando naturalmente  a ação especulativa dos players estrangeiros em território nacional.

Por fim, o GLOBO argumenta que não é sensato despejar bilhões em negócios ligados a combustíveis fósseis num momento em que as petrolíferas do planeta priorizam a transição energética para a economia de baixo carbono. A cantilena ambientalista trai novamente os interesses escusos dos que usam subterfúgios para impedir o Brasil de explorar suas potencialidades naturais. Aqui, não se defende a depredação do meio ambiente, mas, sim, como já ressaltou Jean Paul Prates, presidente da empresa, a necessidade imperiosa de se compatibilizar ações em favor da descarbonização com investimentos na produção, inclusive na Margem Equatorial.

O editorial é secundado por artigo de Carlos Alberto Sardenberg, um antipetista inveterado, que usa a pena para defender sem pejo grandes empresas do mercado de capitais. Sardenberg reproduz as mesmas alegações lavajatistas de suposto mau uso do dinheiro público, de gastança improdutiva e quejandos.

"A despeito da mea-culpa por ter apoiado o golpe de 1964, o Globo não aprende com seus próprios erros. Continua a se voltar contra o Brasil e seu povo para defender negócios do capital privado. As opiniões de O GLOBO são sempre carregadas de interesses sub-reptícios. Às vezes, é necessário decodificá-las para entender com clareza o recado. Neste caso, o jornal foi direto e incisivo na tarefa de desservir ao Brasil.", disse o jornalista Ricardo Bruno, do site Agenda do Poder.