Lindbergh questiona o Exército sobre os detalhes da prisão de Braga Netto
"A decisão do ministro Alexandre de Moraes estabelece uma série de condições", destacou o parlamentar
20/12/2024
Política Nacional
Edição 516
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O deputado federal
Lindbergh Farias (PT-RJ) informou nesta semana que enviará requerimento ao
ministro da Defesa, José Múcio, para saber se o general Walter Braga Netto está
cumprindo as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) após a ordem de
prisão do militar, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).
"A decisão do
ministro Alexandre de Moraes [do STF] estabelece uma série de condições, como
não ter encontro com outros advogados e falar apenas com advogados. Aquele
lugar onde ele está preso não pode virar um centro de conspirações", disse
o parlamentar, que, a partir de fevereiro, assumirá a liderança do PT na
Câmara. "Ele tem muita autoridade perante os militares. A preocupação é
ele não usar aquele espaço para fazer política", continuou o deputado
petista, conforme relatos publicados na coluna Painel.
O general está entre os 40
indiciados pela Polícia Federal no inquérito do plano golpista, que, segundo as
investigações, envolvia o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo
Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Braga Netto
ocupou cargos como a chefia do Comando Militar do Leste. Também foi interventor
federal na segurança pública do estado e participou da organização da Olimpíada
de 2016 na cidade.
Entre os indiciados estão
os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo
Sérgio de Oliveira (Defesa) e o tenente-coronel Mauro Cid. Do total de
indiciados, 25 são referentes a pessoas que são ou foram militares.
A Procuradoria-Geral da
República (PGR) analisa as acusações feitas pela PF e, se a PGR optar por
continuar com as denúncias, as investigações serão enviadas a órgãos de
terceira instância jurídica, como o STF.