A história do Grupo Escolar
Fotos do arquivo pessoal da professora Isabel Bacellar
21/01/2022
Educação Pública
Edição 381
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Muitos dos
moradores de Miguel Pereira ainda não conhecem a história do Colégio Estadual
Dr. Antônio Fernandes. A professora Isabel Bacellar, que estudou na instituição
com as colegas de turma Isabel Fraga, Fernanda Muniz e ngela Pereira Soares, publicou
essa foto da inauguração do novo prédio do Grupo Escolar, batizado, dessa vez,
com o nome do vassourense Dr. Antônio Fernandes. O Colégio foi a principal
instituição de ensino no município e faz parte da história da educação de
Miguel Pereira.
Tio Juju
A construção do
novo prédio só foi possível porque Calmerio Rodrigues Ferreira deixou, em
testamento, que a área onde existia um campo de futebol seria destinada a uma
instituição de ensino. Seria uma justa homenagem rebatizá-lo para Colégio
Estadual Calmério Ferreira Gomes, valorizando e reconhecendo as pessoas e
famílias que construíram o município.
Quem foi Antônio José
Fernandes
Segundo o
historiador e escritor Sebastião Deister, Antônio José Fernandes era uruguaio, nasceu
em 13 de dezembro de 1823 em Montevidéu, e faleceu em 10 de outubro de 1896.
Estudou no Rio de Janeiro, diplomando-se em Medicina em 1851. Na década de 1860,
passou a residir em Vassouras, ali fundando o Colégio Fernandes.
O Dr. Antônio José Fernandes
também fundou, em 1854, o primeiro Grupo Escolar de Vassouras, unidade que
atendeu centenas de estudantes por mais de onze anos com aulas típicas do
século XIX, como: caligrafia, geografia, desenho, latim, francês, inglês,
música, retórica, francês (conversação), piano, canto e filosofia. O nome de
seu filho Raul está aposto em uma das mais conhecidas e tradicionais escolas
vassourenses.
Decreto Municipal nº 423 de 15 de maio
de 1938
O então Grupo Escolar que
viria a se chamar "Dr. Antônio Fernandes" foi criado pelo Decreto Municipal nº 423 de 15 de maio
de 1938, assinado pelo prefeito
de Vassouras, Edmundo Peralta Bernardes. Era uma escola simples e
frágil que, por força da chuva, veio a desmanchar. Os alunos foram levados para
um prédio da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A) até que o novo prédio,
construído pelo governo do estado, fosse concluído.
Marlene Cardoso da Silva
"Estive
presente naquela inauguração, obra magnífica; trouxe-nos um lugar digno para
estudarmos. Até então, o prédio era emprestado, de pau-a-pique, situado na rua
Áurea Pinheiro, onde existe, hoje, uma loja de plantas; pela sua fragilidade
desabou com as chuvas de verão. Aí fomos estudar na casa onde está instalada a
Secretaria de Turismo, que, na época, foi cedida pela Rede Ferroviária para o
Colégio, até a conclusão da obra aí retratada. Parabéns [Isabel] pela postagem.".