Você tem vontade de realizar e ter experiências na cama com a sua parceria, mas morre de vergonha?

Fica insegura pensando se ele/ela vai te considerar ridícula, vai te julgar ou vai simplesmente te rechaçar? Tem fantasias sexuais que te deixam molhada só de pensar, mas nunca teve coragem de sequer conversar...

 30/04/2021     Sexóloga Clarissa Huguet      Edição 343
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Fica insegura pensando se ele/ela vai te considerar ridícula, vai te julgar ou vai simplesmente te rechaçar? Tem fantasias sexuais que te deixam molhada só de pensar, mas nunca teve coragem de sequer conversar sobre com aquela pessoa que divide a cama com você? Comprou um vibrador, mas o escondeu e nunca conseguiu compartilhar com a sua parceria sobre os maravilhosos orgasmos que ele te proporciona? Imagina então propor de usar o petrecho sexual juntos?

Se você respondeu "sim" para estas perguntas, você não está sozinha, há um exército de mulheres que está na mesma situação que você. E ainda tem gente que acredita que ter um relacionamento é sinônimo de ter intimidade. Infelizmente, inúmeros casais não têm intimidade sexual. Na cama, se contentam com aquele feijão com arroz, um sexo automático e mecânico onde não se explora possibilidades e novas formas de prazer. E a atividade sexual vai ficando cada vez mais empobrecida e os orgasmos mais escassos e fraquinhos, quando acontecem. Intimidade requer confiança. Mais do que amor, requer segurança, certeza de acolhimento, entrega e cumplicidade.

Algo muito comum que também acontece com casais que têm relacionamentos de longa duração é parar de se beijar. Refiro-me a beijo de língua, aquele beijo típico de casais apaixonados no início de namoro; beijo molhado que tira o ar. Essa é a primeira perda de algo íntimo e delicioso, o beijo.

Eu costumo dizer que nossos corpos são como um parque de diversões com vários brinquedos com enorme potencial a serem explorados, mas é necessário coragem, disposição e certa curiosidade para conhecer este parque a fundo; e que, na maioria das vezes, os casais se limitam a ir em um ou dois "brinquedos", negligenciando todo o resto.

Na realidade, somos condicionadas a pensar que nosso prazer se restringe à nossa genitália e, assim, acabamos focadas somente nos genitais, performando um sexo rápido e deixando de lado a sutileza e a beleza do caminhar neste processo. O foco nem deveria ser atingir o clímax, mas sim experienciar as sensações múltiplas de prazer que nossos corpos nos oferecem.

E você? Considera que tem intimidade sexual com sua parceria? Ou se viu inteirinha aqui neste texto?

Te mostro o caminho para você ter mais prazer na vida, conhecer e amar seu corpo. O caminhar é seu, mas vamos de mãos dadas!

 

Clarissa Huguet é bacharel em Direito, mestre em Direito Internacional pela Universidade de Utrecht, pós-graduada em Educadora sexual pela Unisal e idealizadora do perfil no Instagram @sexualize_se

 

Imagem @peppertogether