Prof. Miguel Pereira completa 153 anos de nascimento

O Dr. Miguel Pereira veio pela primeira vez à serra em 1915, instado pelo seu colega de faculdade no Rio de Janeiro, o Dr. Henrique de Toledo Dodsworth, filho do barão de Javary.

 19/07/2024     Historiador Sebastião Deister      Edição 508
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Em 2 de julho, relembramos os 153 anos de nascimento do nosso patrono Miguel da Silva Pereira, nascido em 1871 na Fazenda Campinho, em São José do Barreiro - SP, filho do coronel Virgílio da Silva Pereira e de dona Porcina Magalhães Pereira. Mais uma data de extrema importância que, assim como o aniversário da cidade em 13 de junho, certamente passará menosprezada no município. Mas estamos aqui para celebrar o notável médico e professor que deixou seu nome gravado para sempre nos anais da medicina brasileira.

O dia do seu nascimento existe tão simplesmente batizando uma modesta servidão localizada no bairro Pantanal. Seu busto foi alocado no Calçadão do Aynaro, no centro de Miguel Pereira, porém nem sempre atrai o olhar de turistas ou visitantes ocasionais e muito menos o interesse da população miguelense que passa por ele indiferente à sua presença.

O Dr. Miguel Pereira veio pela primeira vez à serra em 1915, instado pelo seu colega de faculdade no Rio de Janeiro, o Dr. Henrique de Toledo Dodsworth, filho do barão de Javary. Apaixonado de imediato pela região, comprou uma bela propriedade que batizou como Sítio Maria Clara, em homenagem à esposa, Maria Clara Tolentino Pereira. Viveu três anos alternando suas atividades profissionais no Rio de Janeiro e os trabalhos campesinos em sua amada chácara, onde cuidava de suas plantas, controlava o crescimento de suas árvores (que lá estão até hoje belas e frondosas) e alimentava seus animais domésticos.

Infelizmente, em 1918 diagnosticou-se um tumor no mediastino (espaço entre os dois pulmões) que, em 23 de dezembro, o levou ao túmulo. Atendendo a um último pedido seu, os filhos (Maria Clara, Lúcia Vera, Vera Lúcia, Teresa, Miguel Filho e Virgílio Mauro) depositaram junto ao corpo um pouco da terra do Sítio Maria Clara, transportando-o então para o sepultamento no cemitério São João Batista.

Ficou para a posteridade seu exemplo de homem, esposo, pai, avô, médico e professor responsável, decente, sério e honesto. Reverenciemos sua memória, já que isto é o mínimo que nós, cidadãos miguelenses, devemos e podemos fazer neste dia tão especial para nossa terra.