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Arnaldo, 

Dois primos (um rico e outro remediado) eram de Miguel Pereira, um tem casa em Javary e o outro no Plante Café, mas estudavam no Rio, no Colégio Santo Agostinho, (Leblon) colégio de rico, da elite carioca. O pai do primo rico pagava o colégio para o primo pobre.

Certa vez, e ainda com a camisa do colégio, entraram em um restaurante caríssimo e pediram o prato mais caro do cardápio, lagosta ao thermidor, que hoje está na casa de uns 500 reais cada uma.

O garçom, macaco velho, quis saber se a dupla dinâmica tinha dinheiro para pagar a conta. Então o primo rico tirou um calhamaço de dinheiro do bolso e perguntou se aquilo era suficiente... Convencido, o garçom trouxe o pedido.

O primo rico, comeu e foi ao banheiro e de lá foi embora. Da rua, fazia aceno para o primo pobre que ficou. Desesperado, em pânico e sentado na cadeira, sinalizava para o primo voltar, e o gaiato rolava de rir vendo o parto do primo dentro do restaurante.

O cara não teve alternativa e saiu que nem uma bala mundo afora. Décadas mais tarde, a situação financeira inverteu-se, e ele nunca se esqueceu dessa história, mas isso é outra situação.

Pode isso, Arnaldo?!...