Construir o melhor Rio de nossas vidas - Por Cláudio Castro, governador do estado do Rio de Janeiro
Qual o melhor Rio da sua vida? Difícil chegar a uma resposta definitiva sobre um estado vibrante e mutante
06/05/2022
Opinião
Edição 396
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Qual o melhor Rio da sua vida? Difícil chegar
a uma resposta definitiva sobre um estado vibrante e mutante, que apresenta
desafios e surpresas a cada esquina e encontra soluções criativas como nenhum
outro para seguir em frente. Vivemos tempo demais sob uma pandemia que trouxe
tristeza, desemprego e pobreza. Em um ano como governador, encontrei na
população fluminense a ferramenta mais potente para reconstruir o Rio e melhorar
a vida de todos.
O melhor Rio de nossas vidas é aquele
que a gente constrói juntos todos os dias. É a expectativa pela roda de samba no
sábado, pela mesa de bar no fim do expediente, pela viagem de fim de ano com a
família para serra, praia ou interior, pelo encontro de fim de tarde na praça. Por
isso, nesse ano de governo, a união e a cooperação ajudaram a superar
dificuldades e a reerguer o estado. A concessão dos serviços de saneamento é um
dos marcos fundadores da mudança ao mostrar, com ágios de até 140%, que o Rio é
um Estado cobiçado para investimentos.
Na Segurança Pública, a mãe de todas
políticas, registramos os melhores índices das últimas três décadas. Marca mais
triste entre os crimes, a letalidade violenta - que inclui homicídio doloso e
morte por intervenção policial, por exemplo - é a menor desde 1991. Os roubos
de rua foram os mais baixos para o trimestre desde 2006. A força-tarefa contra
as milícias provocou mais de R$ 2,5 bilhões em prejuízos aos criminosos e
prendeu mais de mil pessoas. O longo caminho adiante é inquestionável, mas
também são os avanços até aqui. O novo momento deu força para levar o modelo
inovador da Cidade Integrada ao Jacarezinho e à Muzema.
Para combater a pobreza, não há melhor
política social que a geração de emprego e renda para recuperar a dignidade.
Ainda em 2021, os postos fechados durante a pandemia já haviam sido recompostos
e novas vagas criadas. As exportações cresceram 44%, alcançando US$ 23,2
bilhões. O PIB cresceu 4,1%, refletindo a confiança do empresariado com novos
empreendimentos, além de reverberar, já no primeiro trimestre deste ano, na
alta de 10% na abertura de empresas. O incremento na arrecadação nos permitiu
valorizar os servidores públicos e lançar o PactoRJ, maior programa de
investimentos da história do Estado: em três anos, serão R$ 17 bilhões
destinados a todos os municípios.
Não esqueço o esforço dos profissionais
de saúde no enfrentamento à pandemia e na distribuição célere das vacinas.
Hoje, são mais de 32 milhões de doses aplicadas e 86% da população acima de 12
anos com a vacinação completa. A mesma dedicação foi demonstrada por bombeiros
e agentes públicos que socorreram e ampararam as vítimas da tragédia de
Petrópolis.
Antiga capital federal, cartão postal do
Brasil, caixa de ressonância do país, centro difusor de tendências, fonte de
belezas naturais: o Rio é múltiplo e diverso tal qual seus desafios. Em um ano,
foi possível entregar muito, olhando para todos. Se há um legado a destacar em
pouco tempo, é que o Rio abandona o futuro do pretérito - sobre o que seria ou
poderia ser - para voltar a conjugar, no presente, um projeto de futuro. O povo
fluminense reencontrou a confiança no amanhã para, assim, viver o melhor de
nossas vidas no Rio de Janeiro.