O jardim que acaba com o mosquito aedes aegypti causador da Dengue
Conheça a Crotalária, planta que ajuda no combate ao Aedes Aegypti. O jardim que salva vidas
23/02/2024
Meio Ambiente
Edição 489
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A
problemática que envolve a Dengue tem ganhado a atenção de especialistas e
noticiários em todo o país devido ao seu crescimento acelerado nos últimos anos
no Brasil. Mas também têm surgido casos de sucesso, como, por exemplo, no
município de Sorriso, no estado do Matogrosso, onde as ações de combate alternativas,
como o uso de uma planta, tem dado excelentes resultados.
Inimigo natural
Crotalária é
uma planta da espécie leguminosa, com capacidade de atrair as libélulas, conhecidas
como zigue-zague, lavadeira, lava-bunda, cavalo-de-judeu, que também se
proliferam em água parada. Entretanto, as larvas das libélulas se alimentam das
larvas do mosquito Aedes aegypti, realizando assim o controle biológico da
dengue. Esse método refere-se mais especificamente ao controle indireto do
mosquito da dengue, cuja população seria reduzida pelo cultivo dessa espécie do
gênero botânico, a Crotalária. Vale ressaltar que esta medida é
complementar à prática de eliminar os criadouros (potes de água limpa acumulada
pela chuva) do mosquito vetor da dengue.
A descoberta
Segundo
a professora doutora Janira Martins, diretora do Museu Nacional entre 1994 a
1997, a decana do Departamento de Entomologia do Museu Nacional e responsável
pelo setor de Insetos Aquáticos, contou que visitara a cidade de Cotia (SP), em
2005, e ficou espantada que não havia surtos de dengue. A doutora então fez uma
pesquisa por dias em uma grande área cultivada com a crotalária júncea,
cujas plantas estavam na floração e exalavam odor, quando constatou população
relevante de insetos da família libellulidae predando larvas.
A
professora comentou que as libélulas das famílias Aeshnidae, Libellulidae e Coenagrionidae
são predadoras diretas comprovadas do mosquito Aedes aegypti, tanto na fase
jovem quanto na adulta.
Miguel Pereira
Miguel
Pereira teve essa planta há pelo menos dezoito anos, quando foi plantada em
ações de restauração florestal em Francisco Fragoso, Miguel Pereira, em
proteção do rio Santana.