João Gabriel Gouvêa, farmacêutico, responsável pelo laboratório da APEPI, conta os 3 motivos que garantem a qualidade dos nossos óleos

Com transparência sobre os processos de cultivo, extração, pesquisa e análises laboratoriais, garantimos que nossos óleos são seguros e confiáveis

 11/05/2024     Cannabis medicinal é vida      Edição 499
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Convidamos o farmacêutico João Gabriel Gouvêa para explicar os motivos pelos quais os óleos à base de maconha (Cannabis sativa) da APEPI têm padrão de qualidade inquestionável. Com a transparência que é marca registrada sobre os processos de cultivo, extração e análises laboratoriais, ele conta como garantimos que os óleos de Cannabis medicinal são seguros, confiáveis e proporcionam benefícios terapêuticos consistentes! Fala, João!

Jornal - Origem e Cultivo Orgânico

João - O grande diferencial do cultivo da APEPI é a produção de quimiotipos agronomicamente selecionados que possuem características químicas específicas, como é caso do nosso quimiotipo Doctor que tem alto CBD (canabidiol) e o nosso quimiotipo Purple Wreck que possui alto THC (tetra). Por meio da padronização de quimiotipos na cadeia produtiva, o processo de rastreabilidade é mais assertivo e há maior padronização do perfil de canabinoides e terpenos dos nossos óleos, assegurando maior uniformização e consistência da farmacoterapia do paciente. Nossas plantas são cultivadas por uma equipe qualificada e reconhecida no cenário. É importante ressaltar que as bases para o nosso cultivo respeitam as Boas Práticas de Cultivo de Plantas Medicinais, com sistemas seguros de rastreabilidade das plantas. Tanto o beneficiamento primário quanto o laboratório de produção seguem as Boas Práticas de Fabricação para laboratórios farmacêuticos, o que assegura a qualidade dos processos e do produto de Cannabis. 

  
Jornal - Padrões de Qualidade e Certificações

João - Apesar da falta de clareza por parte da ANVISA, que ainda está para publicar a nova resolução que tratará sobre os derivados de Cannabis, nós seguimos rigorosos padrões de qualidade e atestamos esses padrões por meio de análises realizadas em todos os lotes produzidos pela associação. Dessa forma, garantimos a padronização e asseguramos tanto ao prescritor quanto ao paciente a segurança e a qualidade do óleo que está sendo utilizado. Temos o laboratório do CIATox da UNICAMP, que é referência nacional em análises toxicológicas, dosando mais de 10 ficanabinoides em todos os nossos lotes de extrato e óleo. Também realizamos análises de controle de qualidade de metais pesados, solventes residuais, micotoxinas e contaminantes microbiológicos para assegurar a qualidade no quesito contaminante, em laboratório credenciado pela ANVISA. Para fins de transparência, disponibilizamos todos os Certificados de Análise e os folhetos informativos dos nossos óleos em nosso site apepi.org/oleosdaapepi/


Jornal - Incentivo à Pesquisa

João - A APEPI tem como base profissionais de destaque no campo da pesquisa sobre Cannabis medicinal. Em 2023, estabelecemos um setor específico dedicado a esse tema, que atua em três vertentes principais: Pesquisas Colaborativas, Pesquisas Internas e Desenvolvimento e Inovação. A APEPI já estabeleceu mais de 20 parcerias com instituições de pesquisa em diversas áreas, incluindo agronomia, biologia, farmácia, educação, psicologia, veterinária, entre outras. Internamente, buscamos aprimorar as técnicas de cultivo e produção de óleo medicinal para aumentar a qualidade dos nossos produtos, por meio de pesquisa-ação com excelência que atenda aos padrões científicos, garantindo a confiabilidade dos resultados. Em termos de desenvolvimento e inovação, orgulhosamente, somos a primeira associação no Brasil a fabricar e fornecer óleo rico em Canabigerol (CBG), uma conquista que representa nosso compromisso com a vanguarda da pesquisa e da oferta de opções terapêuticas avançadas. Além disso, estamos dedicados à pesquisa e desenvolvimento de óleos ricos em Canabinol (CBN), bem como à criação de pomadas com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias e entre outras formas farmacêuticas que são interessantes de agregar na farmacoterapia canabinoide. Saiba mais em nosso site https://apepi.org/pesquisa/

*João Gabriel Gouvêa é graduado em Farmácia pela Universidade Católica de Santos e Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Farmanguinhos. Possui pós-graduação em Gestão da Inovação em Medicamentos da Biodiversidade (Farmanguinhos/FIOCRUZ). Atualmente é doutorando em Farmacologia no CIATox-UNICAMP e Gestor Técnico na APEPI. Também atua como coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Cannabis Medicinal no Conselho Regional de Farmácia (CRF-RJ) e é professor nos cursos de Extração de Canabinoides e curso para Médicos da APEPI, também sendo professor na Pós-Graduação de Cannabis medicinal da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).