Passageira reclama que passageiros viajam sem máscara, mas Linave e Polícia lavam as mãos
Segundo ela, o espaço entre os bancos era pequeno, a lotação já estava próxima do seu máximo e o ônibus estava todo fechado.
31/07/2020
Transporte coletivo
Edição 303
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No dia 26 de
julho (domingo), uma moradora de Miguel Pereira pegou um ônibus da linha Miguel
Pereira x Três Rios, explorada pela empresa Linave, no horário de 18:30h. Segundo
a passageira, "a viagem corria tranquila até que, na altura da Granja
Califórnia, o ônibus parou e aproximadamente 15 pessoas entraram. Dessas,
nenhuma estava usando máscara, mas mesmo assim embarcaram".
Segundo ela, o
espaço entre os bancos era pequeno, a lotação já estava próxima do seu máximo e
o ônibus estava todo fechado. Quando ela foi falar com o motorista sobre a
situação e sobre seu desconforto, o motorista disse a ela que iria parar o
ônibus para tentar resolver. O motorista até parou o ônibus, mas nada adiantou
- as pessoas continuaram sem máscara.
Com isso, ela continuou
muito desconfortável com a situação e resolveu tentar resolver por outros meios,
visto que, segundo a Lei nº 14.019/2020, sancionada no dia 3 de julho, o uso de
máscara é obrigatório em espaços públicos e privados. Assim, ligou para a
polícia, mas eles disseram que não podiam fazer nada a respeito e que ela deveria
reportar à Linave, porém poderia ficar tranquila pois iriam parar o ônibus em
alguma barreira sanitária e não iriam deixá-lo prosseguir sem que todos
estivessem de máscara. Isso não aconteceu, não havia barreira no trajeto para parar
o ônibus.
Então a
passageira, de dentro do ônibus, ligou também para a Linave, mas eles também
disseram que não podiam fazer nada pois nem todos os motoristas estavam
cobrando o uso da máscara visto que um deles quase havia sido agredido em uma
dessas abordagens.
No fim da
história, mais da metade do trajeto foi feito em um ônibus superlotado (muitas
pessoas viajando em pé), todo fechado e com aproximadamente metade dos
passageiros sem máscara.