Ouvir a comunidade para fazer o melhor
Uma proposta diferente: um "mandato participativo" em um conselho de pelo menos 30 lideranças dos comerciários, dos bairros e da economia
31/07/2020
Fala Bizerra!
Edição 303
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Minha formação
é buscar ouvir e dialogar. De onde eu vim, essa é a regra, e foi nela que
cresci como pessoa e humanista. Depois de 5 anos à frente do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, Paty e Miguel Pereira, é isso que tenho feito e
acho que vem dando certo, visto que nossa chapa foi reeleita com 86% dos votos.
Por isso,
coloquei meu nome à disposição do partido para disputar uma vaga para a Câmara
dos Vereadores de Paty do Alferes. Tenho me surpreendido com o desejo de
sucesso, e torço para que o partido me escolha para ser um dos seus candidatos.
Tenho dito que
desejo ampliar essa forma de ouvir, que para mim, aliás, é a única forma de
termos mais acertos. Desta forma, se for escolhido e se for eleito, quero
conduzir o mandato de vereador de forma diferente.
Grande conselho popular
Vou criar um
grande conselho com pelo menos 30 lideranças, e essas lideranças serão dos
bairros, dos segmentos empresariais e, sobretudo, comerciários, que é minha
classe. A cada votação na Câmara, quero que o conselho decida como devo votar.
Quero que o
cidadão seja responsável pela minha votação, e eu serei apenas seu canal de
votação, pois sempre vamos discutir antes de votar.
Rouco de tanto ouvir
Ouvir os
outros aumenta nossa capacidade de atingir bons objetivos e entender melhor o
cenário para tomar as decisões mais acertadas. Ficar rouco de tanto ouvir.
Assim deve ser
em uma cidade, é preciso estimular a participação social. Não gosto da ideia do
cidadão ser chamado a participar apenas de 4 em 4 anos. Isso não é bom para a
democracia.
Isso é
importante para uma gestão pública democrática e popular, pois, assim,
exercitamos o poder político a partir de debates com igualdade entre os seus
cidadãos.
Mecanismos que já existem
Já existem
vários mecanismos para ouvir a população: orçamento participativo (comunidades
e prefeito definem o que é prioridade para ser executado); conselhos populares
de jovens, mulheres, saúde e educação, entre outros (permite que setores da
sociedade ajudem vereadores e prefeitos a formularem as melhores políticas) e
audiências e conferências públicas (ouvir a população antes de tomar decisões
de impacto).
Entendo que a
participação popular deve chegar à Câmara dos Vereadores, visto que ela fortalece
e melhora a gestão pública de prefeituras e câmaras municipais (aqui em Paty do
Alferes, é muito importante observar se os vereadores, por exemplo, estão
cumprindo bem o seu papel). Tudo fica melhor quando a sociedade participa da
elaboração das políticas públicas e das leis que teremos que seguir, por isso,
nada mais justo que participar desse processo antes que o conjunto dos
vereadores decida. São maiores as chances de sermos mais eficientes.
Ouvir a
Comunidade para fazer melhor!
- Marcelo Bizerra é diretor do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes e presidente
da ONG Reviva