Alerj reconhece o trabalho de João Luiz de Faria, dono da cachaça Magnífica, e concede a ele a Medalha Tiradentes
A proposta foi do deputado Eurico Júnior e João Luiz receberá a Medalha Tiradentes das mãos do deputado no 1º Encontro Nacional de Colecionadores de Cachaça em Vassouras, nos dias 26, 27 e 28/11
19/11/2021
Alerj
Edição 372
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Foi aprovado na Alerj na
quinta-feira (dia 11/11) o projeto de resolução nº 734/2021, de autoria do
deputado Eurico Júnior, que concede a Medalha Tiradentes e seu respectivo
diploma a João Luiz Coutinho de Faria, empresário e produtor da cachaça
Magnífica de Faria, que é exportada para Inglaterra (berço do uísque), Alemanha
e Itália, além de ser uma das mais tradicionais do estado do Rio de Janeiro. A
história do João da Magnífica é sinônimo de muita luta, profissionalismo,
perseverança, talento, trabalho e sucesso.
Desde 1994, ele é sócio proprietário
da JLF Agropecuária Ltda., produtor das premiadas cachaças exportadas para a
Inglaterra e para diversos países do Mercado Comum Europeu. O nome Magnífica
foi sugerido por um amigo do casal, uma vez que sua esposa foi Magnífica
Reitora de uma das maiores e mais concorridas universidades do estado, a
Universidade Santa Úrsula, em Laranjeiras, no Rio.
O sucesso da Magnífica se
traduziu também em novos empregos e renda para os moradores das cidades de
Miguel Pereira, Paty do Alferes e Vassouras, já que a fazenda onde produz suas
premiadas cachaças, visitadas por turistas do Brasil e do exterior, está
localizada na confluência dos 3 municípios.
A história da Magnífica de
Faria se confunde com a história da cachaça nos últimos 30 anos e está
estreitamente associada à revolução pela qual passou o setor. Por mérito, João
recebeu dezenas de homenagens ao longo de sua trajetória empresarial.
"Já era hora de o nosso
país dar a esta bebida 100% nacional o cuidado, o valor e o destaque que ela
merece", diz João Luiz. A Magnífica e seu idealizador têm lutado muito para
alcançar esse objetivo.
Trajetória
João Luiz Coutinho de Faria é
casado com Maria do Carmo Bettencourt de Faria desde 1964, é pai de 4 filhos -
Raul, Ana Luiza, Ana Tereza e Ana Elizabeth - e avô de 7 netos. Desde 1994, é
empresário, sócio proprietário da JLF Agropecuária Ltda., produtor da Cachaça Magnífica
de Faria e exportador de cachaça para a Inglaterra e para diversos países do
Mercado Comum Europeu.
Em 2006, foi Membro do
Conselho do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC). De 2006 a 2009, foi
Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça- Ministério de
Agricultura Pecuária e Abastecimento. Nos anos 1996/97, foi responsável pela
estruturação do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC),
lançado no CNI, em Brasília, em dezembro de 1997.
Magnífica de Faria, Cachaça do Brasil
A cachaça Magnífica é
produzida pela JLF Agropecuária Ltda. na Fazenda do Anil, que foi adquirida em
1985. Eram 90 alqueires de terra nua, sem qualquer benfeitoria, onde não era
possível chegar de carro, só se chegava a cavalo. A Fazenda está situada no
território de 3 municípios, Vassouras, Paty do Alferes e Miguel Pereira, com
acesso por todos eles. A região de clima ameno, com altitudes que variam de 700
m a 850 m (na região da Fazenda) e a pouco mais de 115 km do Rio, tem se
transformado rapidamente em importante polo turístico graças a iniciativas e
apoio das Prefeituras dos 3 municípios.
Na Fazenda do Anil se
concentram, hoje, todas as etapas de produção da Cachaça: cultivo dos
canaviais, engenho, alambique, armazenamento, envelhecimento e engarrafamento.
O objetivo da empresa é a produção de cachaça em alambique, de alta qualidade,
capaz de competir com os melhores destilados. Seu alambique de 3 corpos, capaz
de conferir uma qualidade ímpar ao destilado, é um do únicos ainda em
funcionamento no Brasil.
A fazenda é regularmente
visitada por grupos de turistas do Brasil e do exterior interessados em
conhecer mais sobre a produção da cachaça. Dentre essas visitas, destacam-se as
visitas guiadas de estudantes de MBA de Universidades americanas, que se
repetiram por vários anos, os grupos de estudantes de Biotecnologia de
Alimentos e de Nutrição da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e os grupos de profissionais da
cadeia inglesa Las Iguanas, premiados por seu trabalho na divulgação da
cachaça e na elaboração de drinques com a Magnífica. Todos esses grupos são
recepcionados com uma apresentação da cachaça, seu processo produtivo e suas
características principais, seguida de uma degustação.
Depoimento de João Luiz de Faria
"Fiquei muito feliz e
orgulhoso quando o deputado Eurico Júnior me avisou que iria propor meu nome à
Alerj para a concessão da Medalha Tiradentes. Mais feliz e honrado eu fiquei quando
soube que a proposta foi aprovada por unanimidade no Parlamento estadual. Atribuo
o sucesso do projeto principalmente a 3 fatores: primeiro, nossa região; segundo,
minha crença no potencial da cachaça, porque desde o início projetava produzir
uma cachaça que pudesse competir com os melhores destilados do mundo; e em terceiro
lugar, minha consciência clara de que o processo de valorização da cachaça era
um projeto coletivo, pois de nada adiantava eu lançar um produto excelente no
mercado enquanto a nossa bebida nacional estivesse marginalizada e dominada
pelo preconceito. Tivemos que mudar isso.
Tenho orgulho do nível de
excelência que a cachaça Magnífica alcançou e, mais ainda, de como projetou o
nome de nossa região (Miguel Pereira, Paty e Vassouras) em todas as garrafas
que são exportadas para o mundo. Hoje, a Magnífica recebe o devido
reconhecimento, tanto no país como no exterior. Não temo afirmar que a
cachaça, em particular a Magnífica, se equipara aos melhores destilados
produzidos no mundo.
A Medalha Tiradentes é,
assim, o coroamento de um processo que vem se consolidando ao longo dos anos.
Só tenho palavras de agradecimento ao deputado Eurico Júnior e aos demais
membros da Assembleia Legislativa pela honraria recebida", disse João Luiz de Faria.