Na festa de casamento da filha do ministro Barroso, a atendende negou uns docinhos para a ministra Rosa Weber
O ministro pegou a ministra Rosa pelo braço e foi até a mesa de doces, virou para a atendente e disse: "Essa aqui é a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal e ela gostaria de uns docinhos" ... e a moça disse: "Não está na hora".
14/03/2025
Pode isso, Arnaldo?!!
Edição 518
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Arnaldo...
Um importante ministro, nascido
em Vassouras, casou sua filha mais velha. Na festa, estava a ministra Rosa
Weber, que é muito reservada, sai pouquíssimo e menos ainda para eventos
sociais, mas ela estava lá prestigiando o amigo.
Na saída, o pai da noiva
perguntou se a ministra foi bem servida, bem tratada... ela confirmou que o
casamento estava lindo, tudo ótimo, tinha adorado a cerimônia, mas que não
tinha conseguido comer nenhum docinho... a atendente disse que ainda não estava
na hora.
O ministro pegou a ministra Rosa pelo
braço e foi até a mesa de doces, virou para a atendente e disse: "Essa aqui
é a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal e ela gostaria
de uns docinhos" ... e a moça disse: "Não está na hora".
O ministro parou, respirou e, para
não passar por cima da autoridade da atendente, tentou mais uma vez: "Eu sou
o pai da noiva!" ... e a moça foi taxativa: "Não muda nada!".
O anfitrião então lembrou uma passagem
do jurista e filósofo Giorgio
Del Vecchio em que ele dizia: "É a violação que dá vida à norma".
Baseado nisso, o ministro meteu a mão e pegou um punhado de docinhos.
Vale dizer que essa moça não
estava fazendo nada de errado, estava cumprindo rigorosamente a ordem que tinha
recebido e, provavelmente, nunca tinha lido nada do escritor, jurista e filósofo
austríaco Hans
Kelsen, que era um positivista, normativista radical da Escola da
Exegese (escola que influenciou
a criação e aplicação do Código Civil de Napoleão, no século XIX), porque
a vida comporta múltiplos pontos de observação.
Pode isso, Arnaldo?!...