Miguel Pereira 123 de criação e 64 anos de emancipação político administrativa
Primórdios, períodos históricos, relação de todos os prefeitos, 1ª Câmara Municipal e a Lei de Emancipação
25/10/2019
Historiador Sebastião Deister
Edição 264
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Miguel Pereira -
Primórdios
Localizado no flanco mais interno da
Serra do Tinguá - uma vertente bastante conhecida da Serra do Mar - e espalhado
pelo vale do rio Santana, Miguel Pereira ainda é um Município bastante jovem
(tem apenas 60 anos de emancipação político-administrativa) porém desfruta de
um prestígio invulgar no Estado do Rio. De fato, crescendo de maneira discreta
ao lado de antigas e famosas Freguesias vizinhas, como Vassouras e Paty do
Alferes, Miguel Pereira não usufruiu das benesses sociais e econômicas
proporcionadas pela afamada época cafeeira que tanto enriqueceu o vale do rio
Paraíba do Sul, mas fez de suas belezas naturais e de seu clima privilegiado o
mote de um apreciável crescimento social e urbano no decurso das primeiras
décadas do século XX.
Em finais do século anterior,
entretanto, o advento da Estrada de Ferro pelas montanhas já carreara enorme
carga de progresso tanto para Miguel Pereira quanto para Governador Portela
(hoje seu 2º Distrito) e seus satélites territoriais, possibilitando a chegada
de imigrantes de múltiplos matizes e comerciantes das mais variadas tendências
mercantis, cujas atividades determinaram, em pouco tempo, um significativo
fomento arquitetônico e demográfico para a área assentada entre as colinas da
Serra do Couto, sendo esta o braço mais urbanizado e povoado dentro das
serranias do Tinguá...
Turismo e Cassino
As atividades turísticas, a ampla
divulgação levada a efeito no Rio de Janeiro pelo Professor Miguel Pereira, as
excelências do clima, a fertilidade do solo, as riquezas trazidas pela ferrovia
nos primórdios do século XX e, principalmente, a instalação de diversas
colônias de férias e alentados cassinos pelos vários hotéis da cidade
constituíram fatores de extrema relevância para a prosperidade de toda a área
serrana, levando Miguel Pereira e Governador Portela a um estágio econômico e a
um crescimento demográfico de tal ordem que sua emancipação, em 1955, veio se
impor de forma quase natural de tão necessária.
Desativação da ferrovia e o declínio
Por outro lado, a desativação da ferrovia, em meados dos anos setenta, carreou
não apenas consideráveis prejuízos financeiros para toda nossa região como, em
especial, imensos problemas sociais para o Município, mas baseado na fibra que
tanto caracteriza o homem da roça e da serra, o povo miguelense voltou-se para
atividades comerciais e turísticas mais específicas e diferenciadas, tentando,
pela força do trabalho e pelo típico otimismo do brasileiro, manter bem vivo
este cantinho luminoso e pacífico onde viver ainda é um processo extremamente
prazeroso...
Períodos
Históricos
1.
Desbravamento da Serra do Tinguá
De 1700 até cerca de 1810.
Cobre a abertura dos caminhos pela Serra
(Caminho Novo de Minas por Garcia Rodrigues Paes entre 1700 e 1704, Caminho do
Proença entre 1722 e 1724 e as Estradas do Comércio e da Polícia, estas no ano
de 1811). O período abrange ainda o aparecimento da Fazenda Pau Grande (em
1709, na área de Paty do Alferes e a primeira da região do Tinguá), a
implantação da Sesmaria do Capitão Marcos da Costa Fonseca Castelo Branco (em
1712), o nascimento da Vila de Paty do Alferes (em 1739), o início da
construção da Fazenda de Nossa Senhora da Piedade de Vera Cruz (atual Santa
Cecília) em 1770 e sua conclusão em 1780 sob o comando da família Werneck.
2.
Ciclo do Café
De 1770 a 1890
Apogeu da produção do café nas fazendas do Secretário (Vassouras),
Piedade, Manga Larga, Monte Líbano, Monte Alegre e Palmeiras (na área de Paty
do Alferes e em parte da região da atual Miguel Pereira), as cinco últimas
pertencentes a Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o Segundo Barão de Paty do
Alferes. Aparecimento das fazendas da Estiva, São José das Rolinhas, Retiro e
Pantanal, todas na área que abrigaria o povoado de Barreiros (origem de Miguel
Pereira). Grande produtividade agrícola e intenso trabalho escravo nas grandes
fazendas serranas. Fase de crescimento da Vila de Paty do Alferes, nascimento
da Freguesia de Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá e ainda da Vila de
Vassouras, esta logo constituída em Município em 1833. Tal período assistiu
também à derrocada da cafeicultura no vale do Paraíba em conseqüência tanto da
Abolição da Escravatura quanto do esgotamento progressivo do solo.
3. Nascimento
do Povoado de Barreiros
De 1880 a 1912
Crescimento do povoado de Barreiros - origem de Miguel Pereira -
localizado a meio caminho entre as vilas de Vassouras e Paty do Alferes.
Construção da primeira capela católica do povoado, levantada em homenagem a
Santo Antônio da Estiva pelo comerciante Antônio da Silva Machado, consagrada
em 13 de junho de 1897, data esta considerada oficialmente como o dia do
nascimento da cidade de Miguel Pereira. Tal período caracterizou-se ainda pela
construção da Estrada de Ferro da Linha Auxiliar a partir de Belém (hoje
Japeri), implantada entre 1882 e 1898.
4.
Período Ferroviário
Depois de 29 de março de 1898, data de inauguração das estações da Linha
Auxiliar na área serrana, trecho ferroviário que conectava Japeri diretamente à
cidade de Três Rios. Início das viagens regulares de trens de passageiros e de
cargas por toda a região serrana. Grande desenvolvimento urbano, demográfico e
arquitetônico da Estiva (nome que já substituía o topônimo Barreiros) e
Governador Portela, localidade esta sediando as oficinas de manutenção da ferrovia.
5.
Vila da Estiva
De 1900 a 1920
Caracterizado, em especial, pelas obras de ampliação da Igreja de Santo
Antônio, financiadas por ricas famílias do lugar, e também pela ligação
ferroviária entre Governador Portela e Vassouras através de um segundo ramal da
Linha Auxiliar. Incremento do comércio geral na região. Nessa época aportou na
Estiva, no ano de 1915, o médico e professor Miguel da Silva Pereira, que se
hospedou pela primeira vez na Fazenda de Barão de Javary (Jorge João
Dodsworth), bem junto ao lago do lugar.
6.
Período do DR. Miguel Pereira
Compreende os anos de 1915 a 1918
Intensa divulgação da Vila da Estiva no Rio de Janeiro pelo Dr. Miguel
Pereira. Chegada de inúmeros imigrantes alemães, árabes, portugueses e
italianos à Vila, Grande multiplicação de estabelecimentos comerciais, entre os
quais armarinhos, empórios variados e açougues. Morte do professor Miguel
Pereira em 23 de dezembro de 1918.
7.
Construção da Cidade
De 1920 a 1950
Caracterizado principalmente pela troca do nome Estiva para Miguel
Pereira. Chegada de novas levas de imigrantes, entre eles as famílias Ahouage,
Dau, Farah, Levy, Barile, Januzzi, Perriconi, Badolati, Deister, Wangler e
outras. Incremento considerável do comércio e da hotelaria, como o aparecimento
dos hotéis Lido, o Suíça, Roma, Summerville. Guaporé, dos Turistas e outros,
alguns deles abrigando alentados e concorridos cassinos. Aparecimento da luz
elétrica na região no ano de 1927, fornecida pela pioneira empresa Companhia
Força e Luz Vera Cruz fundada por ngelo Lagrotta e Edmundo Peralta Bernardes.
Surto de peste bubônica na Vila em 1938 e grande enchente de toda região
serrana em 1945.
8.
EMANCIPAÇÃO
De 1951 a 1955
Amplos movimentos políticos em Miguel Pereira e em Governador Portela
voltados para a liberação político-administrativa centralizada em Vassouras,
até então município-mãe de Miguel Pereira, comandados em especial por alguns
notáveis lideres locais, entre eles Frederico Augusto da Senna Wangler (que
seria o primeiro Prefeito do Município), Gastão Gomes Leite de Carvalho, Darcy
Jacob de Mattos, Oswaldo Duarte dos Santos, Francisco Ramos Bernardes,
Francisco Marinho Andreiolo, Dr. Carlos Leite, Joaquim Pereira Soares, Antônio
da Silva Valente, Aristolina Queiroz de Almeida e seu pai Arthur Monteiro
Queiroz, José Antônio da Silva e outros mais.
9. Período
de Autonomia
Desde a emancipação (25 de outubro de 1955) até os dias atuais.
Relação
dos Prefeitos de 1955 até 2020
01. FREDERICO AUGUSTO DA SENNA WANGLER (FRITZ), tendo como vice Antônio
de Oliveira Valente. Gestão de 21 de janeiro de 1957 a 30 de janeiro de
1959.
02. JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA (ZÉ NABO), tendo como vice o Dr. Eugênio
Albino dos Santos. Governo de 31 de janeiro de 1959 a 30 de novembro de
1962. Sua gestão foi completada pelo vice, em face de sua desincompatibilização
do titular para concorrer a uma vaga na de deputado estadual da Assembléia Legislativa.
03. FREDERICO AUGUSTO DA SENNA WANGLER (FRITZ), sendo seu vice o Dr.
Manoel Vieira Muniz. Período de 31/01/1963 a 30/01/1967.
04. MANOEL GUILHERME BARBOSA (NELZINHO), atuando como vice João da
Silveira Duarte. Administração de 31/01/1967 a 30/01/1971.
05. PROFESSORA ARISTOLINA QUEIROZ DE ALMEIDA, com Nelson Watanabe como vice. Gestão de 31/01/1971
a 30/01/1973.
06. FRUCTUOSO DA FONSECA FERNANDES, tendo como vice José Mamede Calile
(Abraãozinho). Governo de 31/01/1973 a 30/01/1977.
07. MANOEL GUILHERME BARBOSA (NELZINHO), com Gephes de Oliveira no cargo
de vice. Administração de 31/01/1977 a 30/01/1983.
08. JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA (ZÉ NABO), escudado por Benício de Oliveira
Mesquita no cargo de vice. Gestão de 31/01/1983 a 31/12/1988.
09. ROBERTO DANIEL CAMPOS DE ALMEIDA (MACARRÃO), com Carlos Amaral como vice. Gestão de 01/01/1989
a 31/12/1992.
10. ANTÔNIO ARANTES ALVES FILHO, tendo como vice a professora Aristolina
Queiroz de Almeida. Governo de 01/01/1992 a 31/12/1996.
11. ROBERTO DANIEL CAMPOS DE ALMEIDA (MACARRÃO), com Dr. Vanderlei de
Souza Chaves no cargo de vice-prefeito de 01/01/97 a 31/12/00.
12. DR. FERNANDO PONTES MOREIRA, com Sérgio Pereira Leitão como Vice.
Período de 01/01/2001
a 31/12/2004.
13. ROBERTO DANIEL CAMPOS DE ALMEIDA (MACARRÃO), tendo como vice o
ex-vereador Rubem de Jesus. Mandato de 01/01/2005 a 31/12/2008.
14. ROBERTO DANIEL CAMPOS DE ALMEIDA (MACARRÃO), novamente com Rubem de
Jesus como vice. Período de 01/01/2009 a 31/12/2012.
15. DR. CLÁUDIO VALENTE VIANA, tendo como vice Dr. Cléber Capela.
Mandato de 01/01/2013 a 31/12/2016.
16. ANDRÉ PINTO DE AFONSECA (ANDRÉ PORTUGUÊS), com o vice Pedro Paulo
Sad Coelho (QUINZINHO). Mandato de 01/01/2017 a 31/12/2020
A Emancipação - Breve Histórico
Ao longo
de 64 anos de proficiente existência como Município independente de Vassouras -
a serem completados em 25 de outubro de 2019 -, Miguel Pereira contou com a
gerência direta de apenas 11 administradores que, no entanto, perfazem 16
gestões executivas pelo fato de Frederico Augusto da Senna Wangler (Fritz),
José Antônio da Silva (Zé Nabo) e Manoel Guilherme Barbosa (Nelzinho) terem
sido privilegiados pelo povo com dois mandatos na Prefeitura cada um, além das
quatro gestões de Roberto Danmiuel Campos de Almeida (Macarrão). Houve ainda um
breve período de 2 meses de governo coberto pelo Dr. Eugênio Albino dos Santos
que, na qualidade de Vice-Prefeito, assumiu a cadeira do titular Zé Nabo, quando
este precisou desincompatibilizar-se do cargo, em 1963, para ser empossado como
Deputado na Assembleia Estadual. Além deles, naturalmente, lembramos as
administrações de Aristolina Queiroz de Almeida, Fructuoso da Fonseca
Fernandes, Antônio Arantes Alves Filho, Dr. Fernando Pontes Moreira e Cláudio
Viana Valente e (atualmente) André Pinto de Afonseca.
Torna-se
relevante registrar que até a data de sua emancipação, Miguel Pereira estivera
sob a tutela de Vassouras, liberando-se deste Município através de um
plebiscito realizado no dia 15 de novembro de 1954, ocasião em que era prefeito
vassourense o professor Cornélio José Fernandes Neto. Exatamente 1.721
eleitores compareceram às urnas distribuídas em Miguel Pereira, Governador
Portela e Vera Cruz, surgindo desse sufrágio 1.683 votos para o SIM, apenas 30 votos para o NÃO, 5 votos EM BRANCO e 3 NULOS,
números que garantiram a esmagadora vitória em favor da formação de um
município autônomo.
Assim, no
dia 25 de outubro de 1955, Miguel Couto Filho, então Governador do Estado do
Rio, assinava a Lei nº 2.626, criando oficialmente o Município de Miguel
Pereira, responsável pela guarda territorial e administrativa das localidades
de Governador Portela (na qualidade de 2º Distrito), Arcádia, Santa Branca,
Francisco Fragoso, Barão de Javary, Vera Cruz e Marcos da Costa. Conrado
somente seria anexado à jurisdição miguelense através de outro plebiscito,
sendo de pronto agraciado com a titulação de 3º Distrito pela Lei nº 1253 de 14
de dezembro de 1987, trazendo consigo os bairros de Paes Leme e Mangueiras. Com
isso, a antiga área de 297 km2 do Município ampliava-se para 330 km2.
Com a
criação oficial da Comarca de Miguel Pereira pela Lei nº 1.894 de 26 de julho
de 1956, implantava-se no novo Município a base jurídica apta a legitimar e
sustentar suas primeiras eleições. Tal referendo foi realizado no dia 3 de
junho de 1956, tendo como candidatos ao cargo máximo da cidade os senhores
Frederico Augusto da Senna Wangler, Francisco Marinho Andreiolo e Dr. Carlos
Leite, este um médico muito simpático que trabalhava ao lado do Dr. Virgílio
Miguel Pereira na Clínica São Miguel.
A
campanha eleitoral - uma agradável e agitadíssima novidade nas pacatas ruas de
Miguel Pereira e Portela - foi bastante renhida, com os três postulantes ao
cargo procurando manter um alto nível de originalidade em seus planos, debates
e comícios, deixando bem claro para a população o fato de serem adversários
políticos e não inimigos figadais em busca de láureas pessoais. Assim,
confrontava-se a validade de alguns programas administrativos para o Município,
alternavam-se propostas de urbanismo, propunham-se ideias mais criativas para o
fomento do turismo na região, discutia-se o incremento da educação e da saúde,
por vezes ironizava-se uma frase mais infeliz de um candidato a vereador, mas
jamais se percebia nos contendores o deboche calculado, a injúria premeditada,
a falta de respeito, a ausência de escrúpulos, o cinismo e a crônica hipocrisia
que tanto caracterizam os políticos que infestam esta nação.
Para o
povo serrano, a escolha entre candidatos tão gabaritados - e apaixonados pela
nossa terra - tornou-se muito difícil, porém Miguel Pereira via-se muito bem
servida de candidatos, com o resultado do pleito afigurando-se totalmente
imprevisível. De qualquer forma, Frederico Wangler, o popular Fritz - tendo a
escudá-lo o prestígio do portelense Antônio Valente na condição de seu vice -
fez valer seu passado político, sua forte reputação pessoal e sua experiência
em administração pública, elegendo-se como primeiro prefeito do Município de
Miguel Pereira, tendo a acompanhá-lo uma Câmara Municipal que equilibrava
satisfatoriamente, entre seus nove componentes, os representantes indicados por
Miguel Pereira e Portela.
Prefeito
e vereadores tomaram posse no dia 21 de janeiro de 1957 na sede do Miguel
Pereira Atlético Clube (então localizada à rua General Ferreira do Amaral), em
meio a uma solenidade simples, porém emocionada, tendo a assisti-la uma
expressiva parcela da população. Os festejos foram coroados, à noite, com um
lauto banquete no afamado Hotel Summerville, quando praticamente todos os
eleitos usaram da palavra para agradecer ao povo os votos recebidos.
À falta
de prédios próprios, a primeira prefeitura de Miguel Pereira instalou-se numa
propriedade do Sr. Francisco Teixeira, localizada no Largo da Vitória, a meio
caminho para Portela. Por seu turno, a Câmara Municipal alojou-se na sede do
Estrela Futebol Clube, na rua Francisco Alves, enquanto o Poder Judiciário era
alocado em dependências bem humildes situadas na parte dos fundos da sede do
Miguel Pereira Atlético Clube.
A 1ª Câmara Municipal de Miguel Pereira
O primeiro corpo legislativo de Miguel Pereira
compunha-se dos seguintes vereadores, com mandato entre 21 de janeiro de 1957 a
30 de janeiro de 1959:
1. Álvaro Vieira Caria
2. Américo Villela
3. Antônio Soares Vieira - Vice-presidente
4. Francisco Ramos Bernardes (Chico) -
Presidente de 21.01.1957 a 30.01.1958
5. José Antônio da Silva (Zé Nabo)
6. Oswaldo Duarte dos Santos (Vavá) - 2º
secretário da Mesa Diretora
7. Paulo Florentino Lebre
8. Professor Darcy Jacob de Matos - Presidente
de 01.02.1958 a 30.01.1959
9. Professora Aristolina Queiroz de Almeida -
1ª secretária da Mesa Diretora
Foto 1 - Primeiro prédio da Prefeitura Municipal, hoje é o restaurante Bom Clima, em frente ao ex-posto Texaco.
Foto 2 - Frederico Augusto da Senna Wangler (FRITZ), 1º prefeito de Miguel Pereira.