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Governo federal é um governo coerente

Um governo de extrema-direita

Edição: 227
Data da Publicação: 01/02/2019

Governo democrático existe para atender ao cidadão, principalmente aquele que mais precisa do poder público, é sempre um governo transparente. Da mesma forma que um governo de direita, é sempre um governo contra o povo, tem pouca ou nenhuma transparência. São verdades que existem no mundo inteiro, é uma regra.

Aqui não é diferente. E, nesse sentido, o governo federal tem mantido sua coerência quando "revoga" a lei de informação criada democraticamente para dar transparência aos atos públicos para os cidadãos, intervém no Programa Roda Viva da TV Cultura, um dos programas mais antigos da televisão brasileira, etc.

Essa medida é natural de um governo que deseja desmantelar o Estado; quanto menos informação, melhor. Esse governo avisou desde as eleições, que desejava tirar do governo tudo que fosse "socialista" e isso significa dificultar o pobre a se aposentar com a nova reforma constitucional, a extinção do Ministério do Trabalho, o desejo de acabar com a Justiça do Trabalho - e isso ele vem fazendo.

Ao contrário do que muitos pensam, o governo Bolsonaro vai durar muito, não porque é bom, mas porque a elite brasileira o deseja ali, aliás, não é ele, mas qualquer um. Essa é a luta de classes.

A direita e as elites vêm tendo muitas vitórias, como o golpe de 2016, a derrubada da presidente Dilma, a manutenção de Temer, a fraude eleitoral de 2018, a posse do atual presidente etc. Eles gostariam que a "vitória" tivesse sido maior, mais representativa.

Entretanto, a direita ainda não derrotou os trabalhadores; muitos eleitores votaram pensando em uma coisa e estão recebendo outra. Esse fator reduzirá muito o percentual de trinta e poucos por cento, aumentando de forma significativa os que não votaram em Bolsonaro. Por isso, o governo tem pressa em aprovar o máximo possível de medidas do grande capital internacional enquanto tem algum apoio na classe trabalhadora. A medida que ela minguar, a tendência do governo é endurecer.

Para esse enfrentamento é que as grandes centrais sindicais vêm se organizando, entre elas a CUT, que é uma das maiores centrais sindicais da América Latina. O sindicato dos servidores públicos está em alerta permanente. Só está faltando o novo Congresso Nacional tomar posse na próxima semana.