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Kissinger vê mundo 'à beira da guerra' e defende 'equilíbrio'
Temas não abordados pela grande mídia brasileira
Edição: 414
Data da Publicação: 09/09/2022
Aos 99 anos, em esforço de
promoção de seu novo livro, lançado em julho, "Leadership" ou liderança, Henry
Kissinger falou agora ao Wall Street Journal, depois de Bloomberg, CNN e
da alemã Der Spiegel.
Na contracapa da edição de fim
de semana, o ex-secretário de Estado norte-americano foi mais detalhado sobre
os conflitos crescentes dos EUA com a China e a Rússia. No destaque do jornal,
ele teme o "desequilíbrio" global. Argumenta que, "se você crê que o
resultado do seu esforço tem que ser a imposição dos seus valores, então o
equilíbrio não é possível".
Os americanos, diz ele, se
negam a separar a diplomacia das "relações pessoais com o adversário".
Tendem a ver as negociações "em termos missionários, buscando converter ou
condenar seus interlocutores em vez de penetrar em seu pensamento".
Nem sempre foi assim. "O
período atual responde demais à emoção do momento", diz, daí seu principal
alerta: "Nós estamos à beira da guerra com Rússia e China por questões que
em parte nós criamos, sem nenhum conceito sobre como isso vai terminar ou a que
deve levar". Sobre Taiwan, especificamente:
"A política implementada
por ambas as partes produziu e permitiu o progresso de Taiwan para uma entidade
democrática autônoma e preservou a paz entre China e EUA por 50 anos. Deve-se
ter muito cuidado com medidas que parecem alterar a estrutura básica."
Italianos revoltados queimam contas de luz
Moradores da cidade de Nápoles
fizeram um protesto na praça Matteotti no qual queimaram boletos bancários com
a fatura da conta de luz. Aos gritos de "não podemos pagar" e
"vai haver caos", os manifestantes foram acompanhados pela
polícia.
Ultimamente, o país tem
registrado um aumento exorbitante do preço da energia, levando inclusive
empresas a fechar ou a demitir seus funcionários. Grande parte do problema é
resultado das tentativas da UE de impedir a compra de energia da Rússia.
Os manifestantes reclamaram da
considerável piora da qualidade de vida, da inflação que tem também afetado em
muito os alimentos e de demissões ligadas ao encarecimento da energia.
Aumento no custo da energia está nocauteando
a economia britânica
Revista britânica diz
que aumento no custo da energia às portas do inverno, somado à alta
inflacionária e do custo de vida, acendeu o alerta de recessão.
Segundo o texto,
estimativas do Banco da Inglaterra preveem que o acumulado anual da inflação
vai subir para mais de 13% em outubro. Pelo menos a metade desse aumento será
ocasionada pelo salto no custo da energia, causado, principalmente, pelo
conflito entre Rússia e Ucrânia.
A alta afeta em
especial os mais pobres, que já vêm reduzindo o uso de energia em casa, em
pleno momento que o inverno europeu se aproxima.
O banco Goldman Sachs
Segundo a Forbes, a
inflação no Reino Unido pode ultrapassar 20% no início do próximo ano [2023] se
os preços do gás não caírem, alertaram economistas do banco de investimento
norte-americano Goldman Sachs, acrescentando que uma recessão está a caminho.
Fábrica de alumínio encerrar produção
A fábrica de fundição
de alumínio Slovalco, que atua na Eslováquia, anunciou que encerrará a etapa
primária de sua produção já em setembro.
Em uma declaração, o
proprietário Norsk Hydro escreveu: "A decisão de terminar a produção
primária de alumínio da Slovalco é uma resposta às condições de trabalho
adversas e aos altos preços de eletricidade que não mostram nenhum sinal de
melhora a curto prazo."
Ele afirmou que por
enquanto somente uma unidade de reciclagem de alumínio continuará a funcionar.