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Pobre Brasil destrói seu BNDES enquanto países ricos fortalecem os seus!
Como Japão, Alemanha e Coréia do Sul tratam seu BNDES
Edição: 351
Data da Publicação: 25/06/2021
Redução do desembolso do BNDES e desmonte do banco
com venda de ativos. Enquanto destroem o BNDES, o mundo vem fortalecendo os
bancos de desenvolvimento, como Alemanha, Coreia do Sul, China, Japão e
Inglaterra.
Japão
O Banco de Desenvolvimento do Japão, estatal,
anunciou que irá aumentar o financiamento com base em fatores ambientais,
sociais e de governança corporativa para 5,5 trilhões de ienes (US$ 50,4
bilhões) nos próximos cinco anos.
Alemanha
Na Alemanha, o Banco de Desenvolvimento KFW
aumentou o desembolso em 76,2 mil milhões de euros em 2020, o que é mais do
dobro do valor de 2019 (33,6 mil milhões de euros). Os recursos são destinados
para a indústria e para alavancar a economia. Na China, o Banco de
Desenvolvimento está ampliando o volume de empréstimos. Com o 14° Plano
Quinquenal, o Banco vai ampliar em U$ 45 bilhões os empréstimos só para os
setores de inovação tecnológica.
Coreia
do Sul
Na Coreia do Sul, o Banco de Desenvolvimento - além
dos outros bancos públicos, como o Banco de Desenvolvimento Industrial e o
Banco de Financiamento das Exportações e Importações - está aumentando o volume de empréstimos para
fortalecer a economia. Na Inglaterra, o governo decidiu criar seu Banco Público
de Desenvolvimento para financiar a infraestrutura no país, dotado inicialmente
de 12 bilhões de libras de capital, aos quais se somarão 10 bilhões de libras
em empréstimos pelo Estado.
Brasil
No Brasil, a nova função do BNDES agora é organizar
as privatizações. Além da elevada queda do volume de desembolso do BNDES, o Banco
também tem adotado práticas que trazem prejuízos ao país. A venda de ações da
BNDESPar deu prejuízo de bilhões ao BNDES, que poderia ter ganho muito mais ao
ficar com as ações na carteira. A estratégia da atual diretoria do BNDES de
acelerar os desinvestimentos da carteira da BNDESPar durante a crise resultou
num prejuízo nominal da ordem de R$ 12 bilhões. Além de estarem desmontando o
BNDES, a perseguição aos servidores é implacável; segue sendo perseguido, por
exemplo, o economista Arthur Koblitz (@artkoblitz), presidente da Associação
dos Funcionários do banco estatal, no conselho de administração.
O BNDES é super rentável e tem a menor despesa
administrativa/resultado operacional entre pares internacionais. Observem que a
Coreia, China e Alemanha, que também têm seus bancos de desenvolvimento e estão
entre os maiores no mundo. Por que acabar com o BNDES?
Fonte: Paulo Gala e Uallace
Moreira