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Por que o dinheiro sumiu? Por que as vendas caíram?...

Em 2012, o salário mínimo equivalia a 450 dólares. Hoje, em 2019, após as reformas dos presidentes Temer e Bolsonaro, o salário mínimo equivale a 249,5 dólares.

Edição: 259
Data da Publicação: 13/09/2019

Em 2012, o salário mínimo equivalia a 450 dólares. Hoje, em 2019, após as reformas dos presidentes Temer e Bolsonaro, o salário mínimo equivale a 249,5 dólares.

 

O que isso significa?

 

Que Miguel Pereira, Paty do Alferes, Mendes, Paulo de Frontin, Vassouras e o resto dos municípios do interior do Brasil estão recebendo quase a metade do que os beneficiários do INSS recebiam em 2012 na gestão Lula/Dilma em função da política salarial praticada no país.

 

Deveriam ser 672 milhões de reais para os 5 municípios, que recebem apenas 420 milhões

 

Em números de dezembro de 2018, Miguel Pereira tem 5.978 segurados do INSS, Paty do Alferes tem 4.235, Mendes tem 5.797, Paulo de Frontin tem 2.515 e Vassouras tem 8.751. Todos os benefícios são atrelados ao valor do salário mínimo.

Em 2018, esses segurados só trouxeram para os 5 municípios 420 milhões de reais (103 milhões para Miguel Pereira, 56,9 para Paty, 134,5 para Vassouras, 36,9 para Paulo de Frontin e 88,5 para Mendes).

 

 O que mudou?

 

Na verdade, se fosse mantido a correção anual do salário mínimo mais o reajuste acima da inflação, como era na legislação da época, esses municípios não estariam recebendo apenas 420,1 milhões de reais, e sim 672 milhões.

 

É o maior colchão social do mundo

 

São esses segurados que sustentam famílias e a economia dos municípios; é o maior sistema de distribuição de renda do país, é uma clara e forte distribuição de renda. Para se ter uma ideia, em 2018, o INSS levou de recolhimento de Miguel Pereira, da parte patronal e empregatícia, pouco mais de 13 milhões e devolveu em forma de benefícios 103 milhões de reais. É o maior colchão social do mundo, considerando países acima de 100 milhões de habitantes.

 

O que está ruim será péssimo

 

Mas se mantida essas reformas de Temer e Bolsonaro, esses números serão dizimados, e o que está ruim será péssimo.

E isso reflete na economia dos municípios pequenos do interior, não só no nosso, mas em todo Brasil, pois, com menos poder de compra dos aposentados e pensionistas do INSS, a economia municipal será dizimada, sofrerá muito. Com o advento da venda pela internet, a situação tende a se desmanchar, mas isso é outro assunto e pauta de uma extensa matéria que estamos concluindo.