O Polo Urucu é nosso

No dia 3 de outubro, a Petrobrás completará sete décadas movida por milhares de brasileiras e brasileiros que dedicaram suas vidas para a construção de um projeto de país. Com muito suor, a empresa tornou-se um grande orgulho nacional, e é assustador pensar que ela poderia não existir mais, afinal, por pouco, escapou de ser privatizada por completo. Ainda assim não ficou ilesa. A empresa foi fatiada e seus pedaços entregues para empresas privadas. Em 2023, é urgente reconstruir a Petrobrás. Retomar o que foi vendido é o primeiro passo.

A Petrobrás pode e deve investir na transição energética como prioridade número 1 de seu pensamento. O nosso futuro está em jogo e a luta por uma Petrobrás para os brasileiros não pode esperar.

A felicidade é grande em poder dar uma notícia dessas

A maior reserva terrestre de gás natural do Brasil quase foi privatizada pelo governo Bolsonaro. Desesperador pensar nisso, já que o Polo Urucu está no coração da floresta amazônica, na bacia do rio Solimões. Dói só de pensar em todos os impactos ambientais e sociais que essa privatização poderia causar.

No Polo Urucu, concentram-se 80% das reservas provadas de gás em terra e 12% das reservas provadas de petróleo em terra do Brasil. É um ativo estratégico, responsável pelo abastecimento dos sete estados da região Norte do Brasil e mais alguns do Nordeste. O cancelamento de sua privatização é uma vitória, principalmente da categoria petroleira, que esteve à frente da mobilização em defesa de Urucu com informações e debates na sociedade, além de ações concretas nas ruas.

Também queremos comemorar o cancelamento das vendas do Polo Bahia Terra, do Campo de Manati e da Petrobras Operaciones S.A., subsidiária na Argentina.

Infelizmente, no mesmo comunicado, veio também a notícia da venda de 20% da participação na sociedade da Brasympe, proprietária da termoelétrica Termocabo, 20% da participação da UTE Suape II e 18% na participação da UEG Araucária S.A. Em sua campanha, Lula anunciou que não haveria mais privatização na Petrobrás, porém continua vendendo os pedaços da companhia. Essas vendas não podem acontecer.

Fonte Observatório Social Do Petróleo