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Brasil pode perder R$ 3,7 trilhões até 2055 se não explorar novos campos de petróleo, alerta estudo
Segundo levantamento da Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a exploração de petróleo poderia bancar praticamente sozinha o Bolsa Família
Edição: 503
Data da Publicação: 07/06/2024
Um
estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada
ao Ministério de Minas e Energia, revela que o Brasil poderá ter um prejuízo
financeiro colossal caso não aproveite os novos campos de petróleo disponíveis.
Segundo a pesquisa, o país poderá deixar de arrecadar até R$ 3,7 trilhões até o
ano de 2055, o que representaria cerca de R$ 155 bilhões por ano. Esse montante
é quase equivalente ao orçamento destinado ao Bolsa Família, que totaliza R$ 168
bilhões.
De
acordo com os especialistas envolvidos na pesquisa, a não exploração de novos
campos de petróleo, incluindo aqueles localizados na Margem Equatorial,
resultaria em um declínio significativo nos royalties e participações especiais
destinados aos cofres públicos a partir de 2032, relata a Folha de S.
Paulo. Estima-se que, entre 2032 e 2055, o Brasil poderia perder cerca de R$
2,9 trilhões somente nessa rubrica, o que representa uma média anual de R$ 121
bilhões.
Além
das perdas nos royalties, o estudo também aponta uma redução na arrecadação de
tributos diretos e indiretos, como IRPJ, CSLL e PIS/Cofins, estimada em R$ 824
bilhões no mesmo período, ou seja, uma média de R$ 34 bilhões por ano. Outro
aspecto preocupante levantado pelo documento é a possibilidade de uma
importação líquida de petróleo no valor de R$ 2,1 bilhões, entre 2024 e 2055, o
que teria impactos negativos na balança comercial do país.
Apesar
das preocupações econômicas, a EPE ressalta que o estudo serve apenas como uma
fonte informativa para subsidiar o planejamento do setor energético nacional.
Um ponto destacado pela estatal é que, mesmo com a redução da produção de
petróleo, as emissões nacionais de gases de efeito estufa não sofreriam uma
diminuição drástica, uma vez que o consumo interno de derivados continuaria a
existir e a demanda nacional por esses produtos tende a crescer até 2050.
Enquanto isso...
O
Greenpeace financia expedição para evitar exploração de petróleo pelo Brasil na
Margem Equatorial, mas, na Guiana Francesa, a ONG se cala e as empresas
multinacionais como Exxon e Total já estão explorando petróleo.
Um
estudo financiado pelo Greenpeace Brasil e conduzido pelo Instituto de
Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) tenta impedir
que o Brasil e a Petrobrás explorem o petróleo da Margem Equatorial, chamada
pela ONG de "Foz do Amazonas", o que não é verdade.
A
expedição, realizada a bordo do veleiro Witness do Greenpeace Brasil, teve como
objetivo mapear as correntes marítimas da região para entender os possíveis
impactos de um vazamento de óleo, segundo nota publicada na coluna da jornalista Mônica Bergamo. O estudo destaca
que o derramamento poderia contaminar vastas áreas marítimas, incluindo as
costas do Amapá, da Guiana Francesa, do Suriname e da Guiana.
É
importante ressaltar que, enquanto o Brasil ainda debate a exploração de
petróleo na Margem Equatorial, as empresas multinacionais como Exxon e Total já
estão explorando petróleo na Guiana Francesa, parte da mesma região. Segundo o
ministro Alexandre Silveira, empresas internacionais estão chupando de canudinho o petróleo brasileiro.
A pesquisa
visa impedir a exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira. O embate
entre as áreas energética e ambiental do governo em relação à concessão de
licenças para perfuração de poços na região ainda está em curso.
Com participação da TV247