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A guerra regional

Oriente Médio mira no mesmo alvo

Edição: 509
Data da Publicação: 26/07/2024

A arrogância de Netanyahu uniu o Oriente Médio contra Israel, assim como a arrogância norte-americana/OTAN uniu China e Rússia, coisa que a intensa atividade diplomática de Henry Kissinger tentou que não ocorresse. Israel sabe que nunca mais terá paz e que, de um modo ou de outro, tornou inviável a sua permanência na região. Tanto é que milhares de israelenses vêm deixando o país.

Os judeus que ocuparam aquele território, enganados pelos mesmos sionistas que se utilizaram deles na II Guerra Mundial, agora, começam a perceber que não é tão seguro viver como "vizinho indesejado".

O "apoio" do Reino Unido e EUA a Israel é opaco e não tem um alvo específico. Matar civis por vingança apenas vai unir mais e mais os países da região contra um Israel que pediu para ser odiado e é.

Na imprensa do Irã

As forças armadas do Iêmen atacaram a cidade portuária de Eilat, no sul dos territórios ocupados por Israel, e também um navio americano e um israelense no Mar Vermelho em resposta a ataques do regime ao país árabe.

O porta-voz das forças, Brigadeiro-General Yahya Saree, anunciou que a operação foi bem-sucedida. Além disso, as forças iemenitas atacaram instalações civis na província de al-Hudaydah, matando três pessoas e ferindo mais de 80, em resposta aos ataques israelenses contra os territórios palestinos. Também realizaram um ataque com drones perto das instalações consulares dos EUA em Tel Aviv, resultando em uma morte e 10 feridos.

Desde outubro de 2023, o Iêmen tem atacado os territórios ocupados e embarcações israelenses em apoio aos palestinos. Eles prometeram manter as operações enquanto o regime mantiver a guerra e o cerco à Faixa de Gaza. O ataque israelense à Gaza resultou em milhares de mortes e feridos palestinos, principalmente mulheres e crianças.

Nota do observador distante, Wellington Calazans

A propaganda que foi derrotada na Ucrânia será posta em cheque mais uma vez. Agora, no Oriente Médio, vamos ver que - assim como a Ucrânia - Israel terá um fim desastroso. E não foi por falta de aviso. Acrescente a isso o desejo de vingança dos muçulmanos, pois o genocídio de Israel contra os palestinos não será perdoado jamais.

Wellington Calazans é jornalista, colunista da tv portuguesa e, atualmente, mora na Suécia.