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Se Lula não arbitrar o tema da Margem Equatorial em favor da Petrobrás, adeus Petrobrás

O presidente Lula tem que decidir em favor do desenvolvimento nacional

Edição: 514
Data da Publicação: 01/11/2024

A Petrobrás enfrenta, hoje, um desafio que pode definir seu futuro como protagonista da segurança energética nacional. Com os campos do pré-sal já entrando em fase declinante, a Margem Equatorial surge como a grande oportunidade para que a empresa permaneça competitiva e assegure a autossuficiência em petróleo do Brasil. No entanto, o impasse com o Ibama ameaça o desenvolvimento dessa região estratégica. O órgão ambiental tem insistido em travar a exploração na Margem Equatorial, utilizando falácias ambientais que, na prática, podem sabotar o potencial energético do país.

Enquanto isso...

Enquanto o Brasil hesita, empresas internacionais como ExxonMobil e Total já avançam em áreas vizinhas e semelhantes da Margem Equatorial na Guiana, explorando o mesmo tipo de reservas que a Petrobrás tenta acessar aqui, mas sem o mesmo peso das restrições ambientais. Esta inércia regulatória coloca o Brasil em uma posição de risco frente a outros países que exploram com êxito as reservas da região e deixam nosso país ainda mais dependente do mercado externo.

Cabe ao presidente Lula arbitrar este tema em favor da Petrobrás, colocando o desenvolvimento nacional em primeiro lugar. Os argumentos usados pelo Ibama, de que a região teria corais e um impacto ambiental inaceitável, foram desmentidos por estudos técnicos da própria Petrobrás, que apontam que os locais de exploração estão a centenas de quilômetros de áreas sensíveis e não apresentam risco direto à biodiversidade.

Negar o avanço da exploração na Margem Equatorial é, em última análise, desvalorizar o potencial de crescimento da Petrobrás e do país. O Brasil não pode se dar ao luxo de abdicar dessa reserva estratégica, sob pena de perder competitividade e ver sua autossuficiência energética comprometida. Se Lula não agir agora, o país estará dizendo adeus não apenas à Petrobrás, mas também à sua capacidade de se posicionar como líder no setor energético global.

Enquanto o Ibama bloqueia o Brasil, ExxonMobil avança com sucesso na Margem Equatorial da Guiana

Com mais de 30 descobertas e produção em expansão, a ExxonMobil transforma a Guiana em potência energética enquanto o Ibama paralisa a Margem Equatorial brasileira

Enquanto a ExxonMobil celebra o crescimento de suas operações na Margem Equatorial da Guiana, impulsionando a economia do país com exploração de petróleo e investimentos sociais, o Brasil segue estagnado em sua própria fronteira energética. A recente decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de manter o veto à exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira coloca em risco a segurança energética nacional e ameaça tornar o país dependente de importações de petróleo na próxima década.

Desde 2015, a ExxonMobil estabeleceu-se como líder na exploração de petróleo na Guiana, operando os blocos Stabroek e Canje, onde realizou mais de 30 descobertas significativas. A empresa iniciou a produção em 2019 e, com planos de ampliar ainda mais a capacidade, espera atingir cerca de 620 mil barris por dia até 2027. Em comunicado, a ExxonMobil destaca sua política de responsabilidade ambiental, que inclui investimentos em iniciativas locais e práticas avançadas para minimizar o impacto ambiental. "Com nossa política de proteção ambiental 'Protect Tomorrow. Today.', buscamos integrar respeito aos direitos humanos e investimento social como bases de nossa sustentabilidade e sucesso no país," afirma a companhia.

Contraste entre Brasil e Guiana

Enquanto a ExxonMobil expande com sucesso sua infraestrutura offshore na Guiana, o veto do Ibama às operações da Petrobrás na Margem Equatorial brasileira impede que o Brasil aproveite uma área considerada estratégica após o pré-sal. A Petrobrás alerta que, sem essa exploração, o país corre o risco de perder a autossuficiência em petróleo, essencial para a segurança energética a longo prazo.

Durante uma aula pública na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, enfatizou a gravidade da situação: "Em cinco, seis anos, o pré-sal começará a declinar, e, sem novas descobertas, o Brasil pode voltar a ser importador de petróleo." A estatal considera que o desenvolvimento da Margem Equatorial é essencial para manter a produção de óleo e gás no país.

Para atender às exigências do Ibama, a Petrobrás implementou medidas robustas, como a construção de uma base avançada de acolhimento de fauna no Oiapoque. Mesmo assim, o Ibama manteve a posição contrária, alegando que as medidas ainda são insuficientes para garantir a segurança ambiental e proteger a biodiversidade e comunidades indígenas.

ExxonMobil comemora avanços enquanto Petrobrás enfrenta resistência

A ExxonMobil não só ampliou a produção na Guiana, mas também diversificou sua atuação social no país. A empresa apoia iniciativas de desenvolvimento local, capacitação e educação, incluindo programas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) para jovens, como parte de seu compromisso com a sociedade guianense. Além disso, o recente lançamento da promoção "Is We Own Again" em parceria com a equipe de críquete Guyana Amazon Warriors reforça a presença da ExxonMobil na cultura local, destacando-se como uma das maiores patrocinadoras do esporte no país.

Fake news científica

Esse contraste entre as operações na Guiana e as restrições impostas pelo Ibama no Brasil revela a diferença de abordagem regulatória. A Petrobrás, que também adota políticas de segurança e mitigação de impactos, enfrenta obstáculos contínuos. Um dos argumentos centrais do Ibama é a presença de corais na região da Margem Equatorial. No entanto, Sylvia Anjos refuta a alegação, chamando-a de "fake news científica": "Não existe coral na foz do Amazonas, isso não é verdade. Existem rochas que se assemelham a corais, mas não há a biodiversidade que estão alegando."

Riscos à segurança energética brasileira

A decisão do Ibama de vetar a exploração na Margem Equatorial não só limita o desenvolvimento econômico como pode impactar diretamente a segurança energética do Brasil. Hoje, 81% da produção nacional de petróleo provêm do pré-sal, mas, com o declínio projetado para essa área, novas descobertas são essenciais para garantir a continuidade da autossuficiência. Especialistas criticam o veto, alertando que o Brasil está perdendo competitividade e enfraquecendo sua posição no cenário energético global. A Petrobrás aguarda uma reconsideração do Ibama para seguir com as operações na Margem Equatorial, considerada por muitos como uma fronteira exploratória estratégica.

Enquanto o Ibama persiste em seu veto, a ExxonMobil segue expandindo sua influência e produção na Guiana, colocando o país vizinho em destaque como um dos novos grandes players do petróleo na América do Sul.

Fonte TV247