Foi difícil, mas garantimos 5% de reajuste e abono de R$ 350,00 para os comerciários
E, sem acordo, Cacau Show de Paty é fechada no feriado
19/11/2021
Luta sindical
Edição 372
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Enfim, a categoria comerciária de Miguel Pereira e Paty do Alferes terá
um fim de ano mais alegre. Os empresários assinaram a Convenção Coletiva de
Trabalho com o Sindicato dos Comerciários, garantindo um reajuste de 5%, abono
de R$ 350 e outros benefícios para quem trabalha em supermercados, lojas de
material de construção e farmácias.
Nada mais justo para quem garantiu as lojas abertas durante toda a
pandemia. Temos que comemorar, pois o momento está difícil para os
trabalhadores. O acordo manteve também o
reajuste no piso dos comissionistas, na ajuda de custo, no auxílio-creche e no
quebra de caixa.
Temos feito um grande esforço para garantir o aumento dos salários e
dos demais benefícios. A pandemia prejudicou muito o nosso setor,
principalmente em cidades que recebem turistas. Agora, esperamos uma retomada
para o próximo período e que os comerciários sejam mais valorizados.
O reajuste salarial será pago em 2 vezes (2,5% em abril e 2,5% em
outubro). Quanto ao abono, serão R$ 200,00 em janeiro de 2022 e R$150,00 no mês
de fevereiro de 2022. O piso passa para R$ 1.297,65 (1º de maio a setembro de
2021) e R$ 1.329,30 a partir de 1º de outubro nos supermercados, lojas de
material de construção e farmácias. Para os demais setores, o valor é R$
1.265,87 (1º de maio a setembro de 2021) e R$ 1.296,75 a partir de 1º de
outubro.
Diante de um cenário complicado, assinamos um acordo possível. Seguimos
na luta em defesa dessa categoria tão importante quanto o comércio. Ano que
vem, vamos reforçar a mobilização para fazer uma campanha salarial forte.
Cacau Show de Paty é fechada no feriado
Esse foi o resultado de uma ação do Sindicato dos Comerciários de
Miguel Pereira e Paty do Alferes, uma vez que a empresa não tinha acordo
homologado pelo Sindicato dos Comerciários. O estabelecimento foi fechado para
não ser multado. Os funcionários foram liberados para descansar no feriado de
15/11.
"Nós não queremos atrapalhar o comércio, muito pelo contrário,
mas os empresários precisam respeitar os funcionários. Ou faz acordo e melhora
a remuneração do comerciário, que vai perder seu feriado, ou fica fechado, é
uma decisão de cada empresa. É importante que o empresário perceba que quem
traz o lucro para a empresa é o funcionário e é justo que ele receba uma parte
desse lucro", disse Marcelo Bizerra, diretor do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes.
Marcelo
Bizerra é diretor do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel
Pereira e Paty do Alferes, dirigente da Central Sindical CTB, presidente da ONG
Reviva e presidente do Bloco Tomatão.