Aumento dos casos de Covid exige debate sobre funcionamento do comércio

Em Miguel Pereira, por exemplo, a central de testagem do Hospital Luiz Gonzaga tem feito cerca de 500 testes por dia e a maioria tem resultado positivo para o vírus.

 28/01/2022     Fala Bizerra!      Edição 382
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Preocupado com o expressivo aumento dos casos de Covid-19 no estado, o Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes está buscando diálogo com as prefeituras e as entidades empresariais para discutir o funcionamento do comércio.

A alta taxa de contaminação pela variante Ômicron pressiona bastante o sistema de saúde, que pode ter dificuldades para atender a população. Mesmo sendo menos letal, ela é altamente contagiosa. Em Miguel Pereira, por exemplo, a central de testagem do Hospital Luiz Gonzaga tem feito cerca de 500 testes por dia e a maioria tem resultado positivo para o vírus.

Tendo em vista esse número expressivo de contaminados na cidade, torna-se importante reavaliar o horário de funcionamento das empresas comerciais. Para o sindicato, é prudente evitar o deslocamento em horários de pico. A própria entidade reduziu a jornada de trabalho dos funcionários, mantém a testagem de todos e afastou quem testou positivo.

Neste momento, é essencial preservar a saúde dos comerciários. Por isso, queremos debater a redução do horário de funcionamento do setor, que também deve disponibilizar testes para os funcionários.

O sindicato recebeu relatos de lojas que estão com o quadro de funcionários reduzido e outras que fecharam devido à ausência de trabalhadores. Uma situação preocupante para quem trabalha e para as empresas, pois também precisam manter o pagamento de salários e outros benefícios.

É preciso ter bom senso nesse cenário. Os especialistas alertam para um agravamento da situação nas próximas semanas. É importante abrir o diálogo entre prefeituras e os representantes dos comerciários e dos empresários.

Marcelo Bizerra é diretor do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes, diretor da Central Sindical CTB, presidente da ONG Reviva e presidente do bloco Tomatão.