100 anos do Centro Espírita Joanna d'Arc

Um século de serviços prestados a Miguel Pereira

 30/07/2021     Cotidiano      Edição 356
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O Centro Espírita Joanna d'Arc completa 100 anos de sua criação em 31 de julho de 2021, virando uma instituição secular, e quis o destino que fosse nas mãos do dentista Vanderlei Chaves, que já ocupou vários cargos públicos de importância, como vice-prefeito e secretário municipal de Saúde por várias gestões, como do prefeito Roberto de Almeida e na atual gestão municipal, quando ocupou o cargo de subsecretário de Saúde, que deixou nesse ano.

Vanderlei Chaves

Essa é a segunda vez que Vanderlei Chaves assume a presidência do Centro Espírita Joanna d'Arc e, a pedido do Jornal Regional, fez um apanhado desses 100 anos do Centro e termina comentando os desafios dos próximos 100 anos da instituição.

O início - 1921 a 1928

Em 1921, o Centro Espírita Joanna d'Arc funcionou em um galpão da Fazenda Solar dos Fragas, cedido pelo senhor Dino, onde é hoje o bairro Alegria. O Centro funcionou nesse local de 1921 a 1928, quando foi para a rua Luiz Pamplona em 12/07/28 até a inauguração da sede própria em 21/07/1929, cujo terreno foi doado pela família do Sr. Manoel Coelho de Carvalho para a construção de uma casa sede. Em 25/07/1926, foi entregue a escritura da doação do terreno para construção da nova sede.

Sempre a frente de seu tempo

O Centro Espírita Joanna d'Arc sempre esteve na vanguarda da região e voltado para as pessoas esquecidas pelo poder público, aglutinando personalidades que tiveram e têm o sentimento humanista em atender a população mais pobre da localidade. Vale lembrar que somente 34 depois viria a se tornar o município de Miguel Pereira, se emancipando de Vassouras.

Escola Joanna d'Arc para crianças e adultos

Em 1º de agosto de 1929, ocorreu a inauguração das aulas noturnas e diurnas na Sala do Centro Espírita Joanna d'Arc e lecionadas pela professora Irene Portella, sendo a aula diurna para crianças às 8 horas e a noturna para adultos às 20 horas.

Vanguarda do Centro com diretoria só de mulheres

Em 1º de novembro de 1931, a reunião do Centro Espírita Joanna D'arc mostrou a necessidade de criação de um caixa para fazer frente às necessidades das pessoas mais carentes, então nessa data foi criada a Caixa de Socorro aos Necessitados. Áurea Pinheiro propôs que fosse em anexo à Casa Espírita, só constituído de senhoras e com mensalidade de R$1.000,00. Assim, foi constituída uma diretoria apenas de mulheres: diretora Áurea Pinheiro, secretária Ottília Soares e tesoureira Nila de Oliveira Paiva. Além disso, foram criados um certo número de cupons de R$100,00 e outros de R$500,00 no mesmo bloco.

Pronto Socorro

Em virtude da vida precária e longe da sede do município de Vassouras, o Centro Espírita percebeu a necessidade de criar um ambulatório com a finalidade de socorrer as pessoas pobres que estavam tão distantes do centro de Vassouras, uma vez que no município só existia um posto de saúde que ficava em Portela.

Carlinhos Motta lembra que funcionava no ambulatório do Centro Joana d'Arc um subposto de saúde de Governador Portela, onde Vanderlei Chaves começou a atender como dentista pelo governo do estado sob o comando do famoso Dr. Muniz, médico que marcou época na cidade.

A Pedra Fundamental do Ambulatório

Assim, em 2 de janeiro de 1940, teve início a construção do Ambulatório - Joana D'arc, com a colocação da Pedra Fundamental do edifício onde funcionaria o Ambulatório. Na ocasião, foi enterrada uma urna contendo uma edição do Correio da Manhã, jornal do então Distrito Federal, e 3 moedas de níquel. A urna media 15 x 20 cm, pertencia à senhora Geny Peralta Pinheiro e foi cedida pela confrade Áurea Peralta Pinheiro. A urna foi colocada sob o assoalho onde era a primeira enfermaria.

Inauguração

Em 1942, o Ambulatório - Joana D'arc foi inaugurado, contendo consultório, 2 enfermarias, sala de curativos, farmácia, sala de raio X e cozinha. O ambulatório chegava a fazer pequenas cirurgias. O médico Oswaldo de Araújo Lima que assumiu o cargo de diretor dos serviços do Ambulatório.

Novos desafios

Segundo Vanderlei, um dos primeiros desafios que irão enfrentar quando terminar essa pandemia é fazer com que os trabalhadores retornem e, assim, retornem também todas as atividades presenciais, que estão suspensas visto que não pode-se aglomerar. A maior luta continua sendo a unificação de todas as casas espíritas da região, o que está sendo feito virtualmente. A instituição também planeja fazer uma interação religiosa com os principais líderes das religiões da região.


Pedro Brun participou do texto