De luto, o Brasil foi à luta pela vida

Estamos de luto, mas seguimos na luta por respeito às famílias que perderam seus entes queridos para a Covid e por um Brasil melhor.

 04/06/2021     Fala Bizerra!      Edição 348
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O genocida se tornou mais perigoso que o vírus. E foi isso que levou, no dia 29 de maio, milhões de brasileiros às ruas, com os cuidados necessários frente à pandemia. Um país de luto pela morte de quase meio milhão de brasileiros foi à luta pela vida e por pão, vacinação em massa, educação e auxílio emergencial de pelo menos R$ 600,00. No Sul do país, o sistema de saúde entrou em colapso. Em Curitiba, apenas serviços essenciais estão abertos no município.

Depois de muito tempo sem protestos presenciais, o ato nacional mostrou a unidade das centrais sindicais, das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, dos estudantes, trabalhadores e sindicalistas.

Todos em um só tom pedindo a saída do presidente Bolsonaro, principal responsável pelas crises sanitária e econômica que jogam milhões de brasileiros ao desemprego, à pobreza e em rasas covas de cemitérios.

A falta de um projeto para o Brasil e o desastre no combate à Covid-19 refletem a rejeição crescente ao seu governo. Segundo pesquisa do PoderData, realizada entre os dias 24 e 26 de maio, sua reprovação chegou aos 59%.

Gritamos "Fora Bolsonaro". Defendemos o apoio aos trabalhos da CPI da Covid no Senado. Protestamos contra o desemprego, o corte de verbas na educação, as privatizações e a "reforma" administrativa.

Estamos de luto, mas seguimos na luta por respeito às famílias que perderam seus entes queridos para a Covid e por um Brasil melhor.

Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes e presidente da ONG Reviva.