O jardim que ajuda a acabar com o mosquito da Dengue

O jardim que salva vidas

 08/01/2016     Meio Ambiente      Edição 67
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A problemática que envolve a Dengue tem ganhado a atenção de especialistas e noticiários em todo país devido seu crescimento acelerado nos últimos anos no Brasil. Neste ano e no mesmo período de 2014 houve um aumento de 240,1% de casos da doença sendo registrados 135,3 mil infectados. Entretanto têm surgido casos de sucesso, como por exemplo, do município de Sorriso, no estado do Matogrosso a ações de combate alternativos como o uso de uma planta tem dado excelentes resultados.

Esta planta é uma espécie de leguminosa com capacidade de atrair as libélulas também conhecidas como zigue-zague, lavadeira, lava-bunda, cavalo-de-judeu, que também se proliferam em água parada. Entretanto, as larvas das libélulas se alimentam das larvas do mosquito Aedes aegypti, realizando assim o controle biológico da dengue. Esse método refere-se, mais especificamente, ao controle indireto do mosquito da dengue, cuja população seria reduzida pelo cultivo de espécies do gênero botânico Crotalaria. Vale ressaltar que estar medida é complementar a pratica de eliminar os criadouros (potes de água limpa acumulada pela chuva) do mosquito vetor da dengue.

Segundo a professora doutora Janira Martins, diretora do Museu Nacional entre 1994 a 1997, decana do Departamento de Entomologia do Museu Nacional e responsável pelo setor de Insetos Aquáticos, contou que visitara a cidade de Cotia (SP), em 2005, e ficou espantada que em Cotia não havia surtos de dengue. Então a doutora fez uma pesquisa por três dias em uma grande área cultivada com a crotalária júncea, cujas plantas estavam na floração e exalavam odor, quando constatou população relevante de insetos da família libellulidae predando larvas.

A professora comentou que as libélulas das famílias Aeshnidae, Libellulidae e Coenagrionidae é que são predadoras diretas comprovadas do mosquito Aedes aegypti, tanto na fase jovem quanto na adulta.

 

Miguel Pereira já tem essa planta há pelo menos sete anos, ela tem sido plantada em ações de restauração florestal em Francisco Fragoso em proteção do Rio Santana.