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Há mais de 15 anos no mercado, a cachaça Magnífica vai ter que mudar o rótulo. A empresa foi multada pelo Ministério da Agricultura em R$ 4 mil por exibir a imagem do Pão de Açúcar em suas garrafas. O Ministério alega que a marca, apesar de ter tido o desenho autorizado anos há mais de 15 anos atrás, está em desacordo com a normatização de 2009, que deveria valer daquele ano em diante, mas não, o Ministério quer retroagir no tempo e no espaço. O mais estranho é que se a cachaça estiver certificada como "Denominação de Origem Controlada - DOC" ela pode usar a imagem do Pão de Açucar.

O Ministério usa critérios conforme lhe convém. Por exemplo, da Vodca Absolut é importada e usa nome e imagem do Rio. O M.A. argumenta que não pode intervir, nesse caso, por ser um produto importado. Mas se está em desacordo com a legislação, o produto deveria ser retirado das prateleiras, mas o Ministério "lava as mãos". Outro caso é o da cachaça "Leblon" feita em Minas Gerais, onde o Ministério da Agricultura faz vista grossa e não usa a mesma "régua" que usou no caso da cachaça Magnífica de Miguel Pereira. A situação é tão esquisita que se um turista quiser levar uma bebida com lembrança do Rio, tem que levar uma vodca fabricada na Suécia.

Segundo os produtores da cachaça Magnífica, João Luiz e Maria do Carmo de Faria, "no ano em que o Rio faz 450 anos e que todos os segmentos, sejam públicos e provados, estão se esforçando para "vender" o Rio ao mundo, vem o Ministério da Agricultura dizer que um produto genuinamente feito no Rio, não pode usar o nome de onde ele é feito. Para usarmos a imagem do Pão de Açucar talvez tenhamos que fabricar a Magnífica no Paraguai...".