Cedae funciona sem bomba reserva, quando uma das duas máquinas param Miguel Pereira e Paty ficam sem água

Falta d'água - Parte II - Matéria publicada em 06.02.15

 12/02/2016     Cedae      Edição 72
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A falta de água de Miguel Pereira e Paty do Alferes tem nome e sobrenome: CEDAE. Os problemas são muitos e se não fosse os funcionários da empresa, a situação estaria muito pior. A Estação de Tratamento de Francisco Fragoso precisa de mais do que manutenção, precisa de ampliação, manutenção, novos equipamentos de maior potência e ampliação da Estação. Hoje apenas duas máquinas jogam a água tratada de Fragoso para a distribuição em Miguel Pereira e Paty do Alferes. A captação da Cedae em Vera Cruz manda mais água do que a Estação de Tratamento é capaz de tratar, fazendo com que a água retorne ao rio Santana. Na última falta de água, uma das duas bombas apresentou problema e apenas uma ficou na operação, porque a bomba reserva (terceira) foi tirada e não reposta, causando enorme transtorno à população de Miguel Pereira e Paty do Alferes.

A Estação de Fragoso foi inaugurada em 2001 e até hoje a "areia", que é um dos elementos do sistema de filtragem, nunca foi trocada e está em seu limite. Essa falta de manutenção faz com que a areia seja retro-lavada com mais frequência fazendo com que o sistema tenha que parar para a lavagem da areia, demorando assim a retomada da filtragem e cloração da água.

Tanto a Estação de Tratamento de Francisco Fragoso como a Estação de captação do rio Santana, em Vera Cruz, operam com apenas duas bombas cada uma e nenhuma com bomba reserva. Na captação em Vera Cruz ainda tem outro problema, o transformador de energia, que eram dois, o segundo também foi retirado ficando apenas um. A CEDAE de Miguel Pereira está no limite, não tem material de reposição, se quebrar ou queimar, a população fica sem água e alternativa para o abastecimento de água.

Soluções para Miguel Pereira

A Estação de Tratamento é modular e foi feita em três módulos, com a capacidade instalada de tratar 120 litros por segundo. Uma das soluções é a colocação de mais um módulo que passaria a ter a capacidade de 160 litros por segundo, o que aliviaria a situação das duas cidades. Mas enquanto essa decisão não é tomada, medidas simples podem ser tomadas, como a colocação de mais duas bombas reservas e o aumento da potência das bombas que estão operando, além da troca da "areia" que nunca foi trocada há 14 anos (2001).

Soluções para Paty do Alferes

Semana retrasada o prefeito Rachid, o diretor de Educação Ambiental da secretaria de Meio Ambiente, Zezé da Floresta, os vereadores Juninho Bernardes, Joarez Leinho e o Luciano da Granja estiveram com o presidente da CEDAE Jorge Brea, o diretor do Interior Dr. Heleno Silva e o gerente do Médio Paraíba Luiz Antônio Rivello Pereira. Segundo o diretor do Ambiente da Prefeitura de Paty, Zezé da Floresta, a comitiva de Paty apresentou a proposta de nova captação e uma nova estação de tratamento de água que seria feita no rio Fagundes, no bairro de Coqueiros, na divisa com Petrópolis. O presidente da Cedae fez uma contra proposta de se fazer uma adutora de água bruta de Coqueiros para a estação de tratamento que já existe na localidade de Manga Larga em Paty do Alferes.

A vazão aproximada do rio Fagundes é de 770 litros por segundo, o que daria para captar, ecologicamente, até 30%, ou seja, 231 litros por segundo, sendo que a capacidade da estação de tratamento de Paty do Alferes hoje é de 70 L/s.

O importante da nova captação do rio Fagundes, na localidade de Coqueiros em Paty do Alferes é que apesar da distância de 22 km, ela viria toda por gravidade, sem a necessidade de elevatórias, uma vez que Coqueiros está a 180 metros de altitude acima da atual estação de tratamento, em Manga Larga, Paty do Alferes.

Na reunião ficou acertada visita técnica da direção da Cedae a Paty para a próxima semana e em 60 dias, nova reunião no Rio, com o presidente da empresa para avaliação dos dados, que ficou a cargo do diretor do Ambiente de Paty do Alferes, Zezé da Floresta.