Duas turbinas alemãs já geram energia em Santa Branca, Miguel Pereira

Serão 7.000 mega watts por ano, 15% do que a cidade consome

 26/03/2016     Economia   
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Considerado como o maior patrimônio natural de Miguel Pereira, o Rio Santana que além de fornecer água para Miguel Pereira, Paty do Alferes e a região Metropolitana do Rio, uma vez que é o maior afluente natural do Rio Guandu, ele contribui com a construção civil, com o fornecimento de areia de excelente qualidade. Exemplo disso foi a Ponte Rio – Niterói que foi construída com areia do Rio Santana.

O Rio Santana volta a gerar energia, como no início do século passado. A Usina Santa Branca obteve sua primeira licença em 1952, por um decreto do então presidente Getúlio Vargas, na época apenas as Usinas de Santa Branca e Vera Cruz é que abasteciam a região. Quando o sistema elétrico brasileiro foi interligado nacionalmente, elas perderam a função de geração de energia e foram desativadas.

Agora, com a crise energética do país, essas CGHs Central Geradora Hidrelétrica ganharam importância e força no cenário nacional. Além da usina de Santa Branca, Miguel Pereira deve ganhar mais duas, uma na Lagoa das Lontras e outra na antiga usina de Vera Cruz, as negociações estão avançadas.

A Usina de Santa Branca vai gerar 15% de toda a energia demandada pelo município, sob os mais rigorosos critérios de proteção ao meio ambiente.  As CGH - Centrais Geradoras Hidrelétricas de Miguel Pereira se insere como uma fonte de energia limpa e de baixíssimo impacto ambiental.

Com duas turbinas Voith alemãs feitas a Usina de Santa Branca foi reformada, modernizada e vão gerar mais de 7.000 MWh/ano. Essa geração significa 15% do que o Município de Miguel Pereira consome, isso é uma segurança para o sistema frágil de Miguel Pereira.

Durante toda obra de modernização dos equipamentos e reforma das instalações, incluindo melhorias na barragem, canal de adução e sua automação, foram gerados trinta e cinco empregos diretos e outros tantos indiretos.

Na fase de operação está previsto a geração de mais dez empregos. O investimento total foi na ordem de 7 milhões de reais. "Estamos utilizando o que há de mais moderno na operação da usina com controle feito no local e de forma assistida por dados enviados via satélite em tempo real para nossa sede no Centro do Rio”, ainda segundo Paulo Tabah, diretor operacional da Usina, "estamos avaliando a possibilidade de realizar mais dois novos empreendimentos no Rio Santana, em Miguel Pereira", diz Paulo Tabah.

Segundo a empresa, a usina de Santa Branca está em testes e está aguardando a liberação da Licença de Operação (LO) do Inea. A expectativa é que saia nos próximos dias.