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Um homem de 43 anos, suspeito de estuprar a própria filha, foi preso em Miguel Pereira, no Sul do Rio de Janeiro. O crime aconteceu durante sete anos, na própria  casa onde moravam. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi encontrado por agentes quando retornava de uma pescaria no bairro Plante Café, no dia 29 de dezembro de 2016, após ter sido expedido um mandado de prisão preventiva contra ele. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4), pela polícia.

De acordo com os agentes da equipe do delegado Marcelo Maia, recém chegado à cidade, a adolescente, atualmente com 17 anos, fez a denúncia para a polícia depois de contar para um tio (Juarez) que o pai a estuprava desde quando ela tinha 10 anos de idade. A polícia informou que o homem cometia os abusos sempre que estava sozinho com a garota. No depoimento, a vítima também disse que era constantemente ameaçada de morte, através do processo conhecido como “Muro do Silêncio”, ou seja, severas ameaças de morte e de espancamento, tanto da própria vítima, como de sua mãe. Vale dizer que por meio dessas diversas ameaças e coação moral, o estuprador conseguiu o silêncio até ontem, tendo feito a menina passar durante todo aquele tempo por diversos problemas relativos à sua formação psicológica, bem como por incontáveis abusos sexuais.

Ainda segundo as investigações, a criança sofreu o primeiro estupro no dia do seu aniversário de dez anos. "Ela chorou muitas vezes durante o depoimento. Os relatos foram chocantes e revelaram a brutalidade do pai. Ele utilizava sempre da sua figura de autoridade, não para defender ou ser um ícone a ser seguido pela filha, ainda criança, mas sim, para se deleitar nas suas mais torpes imundícies mentais. É de suma importância salientar que a vítima foi atendida em um ambiente com uma atmosfera absolutamente livre de pressões, e por isso mesmo pode relatar, com riqueza de detalhes, os abusos praticados por seu pai desde seus dez anos de idade", explicou o delegado Marcelo Maia.

O hediondo crime foi registrado na 96ª Delegacia de Polícia (Miguel Pereira), onde o homem foi autuado por estupro de vulnerável, e foi devidamente encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.