Guanabara permanece proibido de demitir funcionários

A Justiça do Trabalho manteve a liminar que impede o Supermercado Guanabara a demitir mais funcionários

 04/02/2017     Luta sindical   
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A Justiça do Trabalho manteve a liminar que impede o Supermercado Guanabara a demitir mais funcionários, sob pena de multa. As exceções são apenas para demitidos por justa causa ou pedidos de demissão. Além disso, a Justiça também acolheu o pedido do Sindicato e a empresa terá que prestar conta do pagamento integral de todas as rescisões que já foram feitas dentro do prazo de 15 dias. A juíza não aceitou a reintegração dos dispensados, mas o Sindicato vai recorrer da decisão junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho). O próximo passo é acompanhar a tramitação desta ação.

 

O presidente do Sindicato Márcio Ayer reforçou que a demissão em massa ocorrida no Guanabara é ilegal e que não há nada que a justifique. “Nós vamos persistir na reintegração desses funcionários que quiserem voltar e ainda queremos a indenização de cada um deles. A empresa não está à beira da falência, não está fechando lojas, muito pelo contrário, sabemos que segue abrindo filiais na cidade. A pressão vai continuar!”, afirma o presidente.

O Sindicato orienta aos dispensados que procurem o Departamento Jurídico para entrar com ações individuais, a fim de cobrar as irregularidades praticadas durante o contrato de trabalho. O atendimento é presencial, gratuito e por ordem de chegada, na sede do Sindicato (R. André Cavalcanti, 33 – Lapa), de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h30. Também há atendimento na subsede de Campo Grande (R. Iaçu, 74 – próximo à rodoviária), às segundas e sextas-feiras, das 9h às 16h e do BarraShopping (Av. das Américas 4790, sala 412, no Centro Profissional junto ao Barra Shopping), às terças-feiras das 9h às 13h e quintas-feiras das 13h às 17h).

A vice-presidenta Alexsandra Nogueira, que também é funcionária do Guanabara, garante que as ações vão continuar e que o momento requer união e participação. “Tivemos uma vitória importante nesse primeiro momento, conseguimos impedir uma injustiça contra mais 1500 funcionários que a empresa ainda pretendia dispensar. Aos que já foram demitidos, é importante seguir o diálogo com o Sindicato, pois com ações coletivas e individuais, vamos mostrar ao Guanabara como custa caro demitir em massa pais e mães no meio de uma crise. Para quem ficou, é importante denunciar caso haja alguma outra demissão e ficar atento para não assinar dispensa com data retroativa”, ressaltou Alexsandra Nogueira.

Ida ao banheiro 

Após denúncias, o Sindicato ajuizou uma ação coletiva para que a empresa pare de impedir os funcionários de irem ao banheiro. O problema atinge principalmente a quem ocupa a função de caixa ou empacotadora.

Folga para quem trabalha Sábados e Domingos

Outra ação também ajuizada foi em relação à concessão das folgas para quem trabalha aos domingos e feriados. Durante muito tempo, a empresa deixou de conceder essas folgas de forma correta e agora precisará pagar pelos anos que agiu errado.