Soro antiapílico. Em 2015 houve envenenamento por picadas de abelhas e com 42 óbitos
Servidores do Instituto Vital Brazil produzem soro inédito
03/06/2018
Saúde Pública
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Um medicamento inédito está sendo
produzido pelo Instituto Vital Brazil em parceria com o Centro de Estudos e
Venenos de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista de Botucatu
(Cevap/Unesp): o soro antiapílico, contra o envenenamento de abelhas. Há um ano
e meio sendo testado em humanos, o soro, único no mundo, já foi usado em 16
pacientes que sofreram múltiplas picadas de abelha e apresentou bons
resultados.
?Todos os pacientes que receberam o soro
antiapílico neste período de testes tiveram redução significante nos sinais e
sintomas do envenenamento em um período de tempo curto. Além disso, não houve
nenhum caso de reação adversa, o que significa uma grande notícia?, disse o
presidente do Instituto Vital Brazil, Edimilson Migowski.
Nesta etapa, chamada estudo clínico fase
II, é preciso testar o soro em 20 pacientes para verificar a segurança. Depois
dessa fase de estudo, será iniciada nova pesquisa, que envolverá um número
maior de pacientes, para comprovar a eficiência e a dose mais adequada.
?Em seguida, esperamos que o medicamento
receba o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser
liberado para produção e distribuição em escala industrial. Temos uma previsão
de que são grandes as probabilidades do soro entrar no mercado, para atender as
demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), no segundo semestre de 2019?, afirmou
Migowski.
Em 2015, foram notificados quase 12 mil
acidentes com envenenamento por abelhas com 42 óbitos, 14 vezes mais mortes
notificadas do que em 2000, de acordo com os dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação.