O camarada entrou em casa aos prantos, gritando...

Chegou minha vez, chegou minha vez... procurando o recibo da lotérica

 31/05/2019     Pode isso, Arnaldo?!!      Edição 244
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O camarada entrou em casa aos prantos, gritando... chegou minha vez, chegou minha vez... procurando o recibo da lotérica e nada. Perguntou sua mulher e nada... Diante daquele furdunço todo, a mulher pegou a bíblia devagarinho e foi pra igreja. Agradecer? Não pedir ajuda. É que toda semana o maridão dava o din-din para a mulher fazer a fezinha, não falhava uma semana. Seu tico-tico (nome fictício) tinha uma fé inabalável de que um dia ganharia na Mega Sena.

Rezando muito ela entrou em casa e o marido estava lá esticado, imóvel, enfartou quando soube, pela filha, que a muito tempo a mãe não fazia mais os jogos, ela comprava cigarros.

Hoje seu tico-tico mora no barro Branco, quer dizer, no cemitério do Barro Branco, em Paty. E a esposa... bem, ela parou de fumar naquele dia que virou viúva.