Luiz Fux, Luis Salomão e Antônio Saldanha Palheiro falaram sobre Direito e Economia

Palestram na sexta-feira (13) no Centro de Convenções General Sombra, da Universidade de Vassouras.

 20/03/2020     Ensino universitário      Edição 286
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Vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux palestrou na sexta-feira (13) no Centro de Convenções General Sombra, da Universidade de Vassouras. O ministro fluminense palestrou ao lado de dois colegas de toga: os ministros do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão e Antônio Saldanha Palheiro. O trio veio a Vassouras tratar da interseção entre Direito e Economia nas perspectivas do mundo de hoje. O evento mobilizou a comunidade acadêmica, contou com o apoio da OAB e reuniu operadores do direito de diversos municípios do Sul Fluminense e da região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Dois prefeitos da região prestigiaram o evento: Severino Dias (PPS) de Vassouras e André Português (PSC) de Miguel Pereira. O presidente da Fundação Educacional Severino Sombra, engenheiro Marco Capute, destacou a importância da presença dos ministros na região e lembrou que o Centro de Convenções foi pensado para sediar eventos deste nível.

Na palestra, os ministros falaram, em linguagem coloquial, fugindo do juridiquês, de temas como a judicialização da sociedade, o ativismo judicial e a recuperação judicial das empresas. Os três destacaram o que classificaram como "cultura do litígio" no país. "O pai coloca uma criança de castigo, que logo encaminha um recurso para a mãe. Se receber outro não, tenta com o avô. A nossa cultura é essa: ninguém aceita um não de imediato", brincou Fux. Para os magistrados, a Constituição Cidadã de 1988 facilitou o acesso à Justiça, o que contribuiu para o número crescente de ações. Estudos apontam que hoje, no Brasil, 100 milhões de processos estejam tramitando; um processo a cada dois brasileiros, um recorde no mundo. Palheiro lembrou, durante sua palestra, a importância da sobriedade do magistrado: "Juiz não tem de ser reconhecido, aplaudido na rua. Quando isso acontece, algo está muito errado", concluiu o ministro.