Fórum Alerj: Rio pode se inspirar em experiência americana para inovar na produção de laticínios
A experiência bem-sucedida de produtores de laticínio do Wisconsin, referência do setor nos Estados Unidos, pode servir de inspiração para o Rio de Janeiro.
27/11/2020
Alerj
Edição 321
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A experiência
bem-sucedida de produtores de laticínio do Wisconsin, referência do setor nos
Estados Unidos, pode servir de inspiração para o Rio de Janeiro. Ela foi
apresentada hoje à Câmara de Agronegócios e ao Grupo de Trabalho do Selo Arte,
no encontro virtual promovido pelo Fórum Alerj de Desenvolvimento Estratégico
do Estado do Rio de Janeiro, com transmissão online, nesta quarta-feira
(25/11). A reunião também tinha como objetivo discutir as inovações e as
medidas a serem tomadas para o desenvolvimento do setor no estado do Rio no
próximo ano.
A apresentação
do empreendimento americano foi feita pelo consultor Dan Strongin, que
acompanhou o processo e a construção do Centro de Inovação em Laticínios DBIC
(Dairy Business Innovation Center), em Wisconsin. Nos primeiros 5 anos, o
centro conseguiu U$ 1,2 bilhões em novos investimentos, obteve 66% de aumento
na produção de queijos finos e montou 43 novas fábricas. Para Strongin, um dos
segredos dos resultados positivos da iniciativa americana foi identificar as
necessidades do setor e utilizar os parceiros existentes no estado para
preencher essas lacunas. Dan também destacou que o Rio tem um grande potencial
para o turismo, agricultura e inovação, no entanto, precisa melhorar a ligação
entre as organizações e as pessoas.
Os integrantes
do grupo também puderam conhecer o Centro de Referência de Alimentos e Bebidas
Firjan/Senai, apresentado pelo especialista técnico de Educação da Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), José Gonçalves Antunes.
Localizada na Tijuca, a unidade terá 3 andares dedicados a diversas atividades,
com equipamentos e espaços de pesquisa para a produção de bebidas, panificação,
confeitaria, sorvetes e laticínios. Foram investidos R$ 600 mil em equipamentos
de laboratório. Segundo Gonçalves, o espaço irá movimentar a economia local.
"O objetivo
é ter uma alavancagem da indústria do Rio com tecnologia e conhecimento.
Chegamos em 2020 com o complexo pronto e com previsão de inauguração agora em
dezembro", afirmou o especialista técnico. Além disso, Gonçalves frisou
que, em tempos de pandemia, o Senai reforçou a realização de cursos a
distância.
A
secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, ressaltou a importância das medidas de
fomento ao setor, como por exemplo, a Lei 9.059/20, de autoria original do
deputado Luiz Paulo (Sem Partido), que visa a regulamentar a legislação federal
sobre a produção e a comercialização de queijos artesanais, bem como, valorizar
a produção desses artigos no Rio.
Participaram
também da conferência os auditores fiscais do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Carlos Alberto Magioli e Luís Eduardo da Silva. A
reunião virtual está disponível e pode ser acessada pelo pelo canal do Fórum no
YouTube.