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Em muitos casos, para que a pessoa consiga construir e viver uma sexualidade positiva, ela vai precisar passar por um processo de desconstrução. Desconstruir para reconstruir.

Quando a sexualidade feminina é alicerçada a experiências negativas, culpa e desconhecimento sobre o próprio corpo e sobre a própria sexualidade, a mulher não conseguirá desenvolver energia sexual positiva para os outros campos de sua vida. E, acreditem, ainda que não seja perceptível, pela extrema subjetividade, quando a energia sexual que emana de uma mulher é positiva, ela consegue levar esta positividade para todos os outros campos da sua vida, tornando-se uma mulher mais forte, realizada e empoderada. Infelizmente, a recíproca é verdadeira.

Um aspecto fundamental: a sexualidade humana não se limita ao ato sexual, ela é muito mais ampla; ela engloba emoções, afetos, sensações, pensamentos, experiências, relacionamentos vividos? e todos estes fatores irão influenciar na construção e exercício da sexualidade.

Você pratica a autoestimulação? Você tem intimidade real com seu/sua parceria? Você sabia que o maior órgão do nosso corpo é a pele? Você se acaricia? Toma, de vez em quando, um banho demorado ouvindo boa música, sentindo a água cair pelo seu corpo? Você tem prazer com o seu corpo sozinha? Conhece a sua vulva? Sabe a diferença entre vulva e vagina? Sabe que o órgão sexual da mulher é o clitóris e não a vagina?

Essas perguntas e suas respostas vão gerar uma reflexão importante e necessária acerca do nível de consciência e intimidade que você tem com seu corpo. Aquelas são atitudes de autocuidado, essenciais nesta reconstrução da sexualidade.

Não negligencie esta parte tão importante da sua vida. Toque-se, tenha prazer sozinha para depois ter com alguém, invista em você! Sexualize-se.

Foto @sarahorbanicphotos