Estado vai sediar Centro de Excelência em Fertilizantes com apoio da Alerj
"O Rio tem fartura de gás e instituições científicas necessárias para desenvolver pesquisas para a produção de fertilizantes. O programa vai promover vantagens competitivas para o estado" deputado André Ceciliano
14/10/2022
Agricultura
Edição 419
Compartilhe:
O Estado do Rio de Janeiro vai sediar o Centro de Excelência em
Fertilizantes, empreendimento pioneiro que será integrado ao Plano Nacional de
Fertilizantes. O projeto já recebeu repasse de R$ 35 milhões da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que vem articulando a sua
implementação em conjunto com o Governo do Estado, a Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa). Em setembro, o Executivo estadual apresentou à União documento
ratificando o compromisso de implantar a unidade.
"O Rio tem fartura de gás e instituições científicas necessárias para
desenvolver pesquisas para a produção de fertilizantes. O programa vai promover
vantagens competitivas para o estado, incentivando a pesquisa e inovação do
setor. Temos portos, ferrovias e, é claro, um mercado consumidor. Estamos
brigando pela possibilidade de termos um gasoduto no estado, justamente para
podermos aproveitar as reservas de gás. Hoje, 60% do gás produzido está sendo
reinjetado nos poços", explica o presidente da Alerj, deputado André
Ceciliano (PT), o autor original da Lei 9.716/22, que criou o Plano Estadual de
Fertilizantes.
O recurso destinado pela Alerj será usado na primeira fase do projeto,
que inclui adaptação do antigo prédio da empresa Schlumberger que deverá
abrigar o Centro de Referência Tecnológico de Fertilizantes, na Ilha do Fundão,
e o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica digital de gestão e negócios.
O Plano Estadual de Fertilizantes vai incentivar a implantação de indústrias no
estado, promovendo a sinergia com a cadeia de gás natural. Em janeiro deste
ano, o Rio de Janeiro foi responsável por 61,3% do gás produzido em todo o
território nacional.
Alerj como referência
O pioneirismo da Alerj na aprovação do Plano já inspira outros estados. O
projeto foi apresentado pela secretária-geral do Fórum da Alerj de
Desenvolvimento Estratégico do Rio, Geiza Rocha, em evento organizado pela
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
"O Rio de Janeiro e o Amazonas não têm tradição na produção de
fertilizantes, mas temos abundância de recursos naturais, com o gás natural no
Rio e o potássio no Amazonas. Ambos possuem uma plataforma logística
privilegiada para escoamento da produção e potencial para serem referência em
inovação para o setor", afirmou Geiza.
O Centro de Excelência irá conectar o Rio de Janeiro com projetos
e pesquisadores no Brasil e no mundo, criando um ecossistema de inovação que
viabilizará parcerias com países como China, Estados Unidos, Índia, Rússia e
Alemanha. Um dos motivos da escolha do Rio de Janeiro como sede do centro foi o
potente ecossistema para a inovação, que vai desde as universidades federais e
estaduais à empresas como a Embrapa, Serviço Geológico do Brasil, Centro de
Tecnologia Mineral, Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico
(BNDES), além da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
Fonte
Alerj