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Um dia, num verão qualquer, o tempo vai devolver com o vento o doce sabor do seu beijo, com cheiro de maresia.

O asfalto vai esquentar com o sol do seu beijo, a freada morna da nossa velocidade...

Um dia, num verão qualquer, o cais vai segurar o meu barco à deriva, porque conheço e confio no seu porto seguro.

Um dia, a lua vai iluminar o seu rosto para refletir, no meu, todos os momentos de felicidade.

Um dia, num verão qualquer, vamos até ficar em silêncio, mas seus olhos jamais deixarão de traduzir as palavras doces que contam a história de nós dois.

E a história de nós dois poderá ser contada em apenas um dia de verão, porque um dia é o bastante para o começo e o fim da felicidade.

Um dia, num Verão qualquer, você poderá ser novamente a melhor e a pior coisa da minha vida.

Da nossa vida...

Claro, da nossa vida...

Um dia, num Verão qualquer, deitando, na areia da praia, vou sentir de novo o sabor do sal do mar misturado ao sal do seu corpo, ao gosto do seu beijo e à intensidade da sua suave mordida nos meus lábios.

Um dia, num verão qualquer, na areia da praia, vou sentir de novo a água fria temperada com o suor quente do seu corpo.

Um dia, num verão qualquer, vamos celebrar novamente um encontro eterno de coragem, amizade e amor.

Quem sabe, um dia...

Quem sabe...

Num verão...

Num verão qualquer...          

(Do Espetáculo Verão)