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O vento toca meu rosto e eu acelero a emoção e a velocidade, competindo com o sol que timidamente começa a aparecer.

Meus olhos filtram os raios solares pelos óculos escuros e eu fico atento ao olhar que vai de dentro para fora e de fora para dentro.

Cruzo os raios, as estradas, o barro, o asfalto, desbravo a trilha e descubro que a liberdade é logo ali.

Naquele momento, sou dono do mundo, mas sou dono absoluto da minha liberdade.

Hidrato, por um momento, com o sagrado líquido água, respirando o elemento ar aquecido pelo elemento fogo com as duas rodas firmes no elemento terra.

Corro, aumento a velocidade, sigo o destino.

Adrenalina aumenta, grito de felicidade, solto as mãos do guidom e, por um instante, sou guiado pela inspiração e controle daquele momento.

Pausa no boteco para seguir a trilha e é hora do aroma também sagrado do café, moído na hora, coado, com cheiro de fazenda.

Energia renovada, inspiração abastecida, sigo novamente sobre duas rodas, agora com o relógio avançando com o sol trocando de lugar com a lua.

A tarde cai, a noite vem, o sol vai, a lua... Ah! A Lua vem tímida por entre as montanhas e o que era dourado virou prata e começou a cintilar nos detalhes dos aros.

Sigo a velocidade, sinto a liberdade e tenho a certeza de que a emoção está realmente sobre duas rodas, com o vento no rosto.