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Década de 60, dois pesquisadores americanos, Masters e Johnson, começaram a testar com voluntários o que acontecia com o corpo humano durante a relação sexual e o orgasmo. Inicialmente, esse ciclo era composto por quatro fases diferentes: Excitação, Platô, Orgasmo e Resolução. Mais tarde, uma psiquiatra chamada Helen Kaplan complementou esse ciclo com uma primeira fase, antes não mencionada por Masters e Johnson - o Desejo Sexual.

Ambos os modelos propostos eram lineares, descreviam fases da resposta sexual numa sequência invariável: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Ocorre que um sem número de mulheres vivendo relacionamentos de longa duração apresentavam queixa de desejo sexual hipoativo (baixa libido), não se enxergavam neste modelo e seguiam achando que havia algo de errado com elas.

Foi aí que, em 2001, a médica Rosemary Basson propôs o modelo circular de resposta sexual, sendo o desejo de intimidade, ao invés do impulso biológico, o deflagrador do ciclo de resposta sexual. Neste modelo, a mulher inicia a relação a partir da "neutralidade sexual" (desejo responsivo) e não a partir de desejo espontâneo.

Quando estimulada pelo parceiro, aquela mulher se excita e tem o seu desejo responsivo ativado. Isso fará com que ela entre na relação sexual motivada por um fenômeno fisiológico de excitação que fará com que nasça o desejo, de ordem subjetiva, sendo que ambos, desejo e excitação, então coincidem e se mesclam.

Assim, não há nada de errado com você se você não está com a menor vontade de transar, mas o seu parceiro chega e começa a te estimular da forma certa e você passa a ter desejo. Isso acontece com a grande maioria das mulheres que vivem relacionamentos de longo prazo, ok? Tirei um peso dos seus ombros agora? Agora me conta...

Fonte: https://www.abcdasaude.com.br/sexologia/fases-do-ciclo-feminino-da-resposta-sexual/

Imagem: @iam.line