Lindbergh volta a criticar déficit zero e diz que investimentos não podem parar
Para o parlamentar, cortes de gastos podem afetar obras e investimentos públicos essenciais para o crescimento econômico
15/12/2023
Política Nacional
Edição 479
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O
deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) voltou a tecer críticas à proposta de
meta de déficit fiscal zero na economia brasileira. Em uma postagem no X,
antigo Twitter, o político argumentou que a busca por equilíbrio fiscal não
pode resultar no sacrifício de investimentos públicos fundamentais para a
retomada do crescimento econômico do país.
"Não
é verdade que déficit faz a economia crescer", afirmou o deputado,
rebatendo a ideia de que um déficit fiscal seja o motor para o desenvolvimento
econômico. Ele destacou que, embora déficits possam surgir em momentos de
desaceleração econômica, é inquestionável que estímulos fiscais desempenham um
papel crucial em situações de baixo crescimento, como se espera para 2024.
Lindbergh
alertou para as possíveis consequências da adoção de uma meta de déficit zero
em 2024, apontando que isso poderia resultar em um contingenciamento de
aproximadamente 53 bilhões de reais em obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
"Não é o déficit que gera crescimento, são os investimentos
possibilitados, os empregos contratados que geram", afirmou o parlamentar, enfatizando que é preciso manter um foco na
criação de oportunidades de trabalho e na garantia de investimentos para
impulsionar o crescimento econômico.
O
deputado referenciou o economista Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do
Fundo Monetário Internacional (FMI), salientando que Blanchard, mesmo sendo
considerado um liberal e não um político de esquerda, alertou para os riscos
políticos de tentar reverter déficits em superávits de forma abrupta. Lindbergh
destacou o perigo de tal abordagem, afirmando que isso poderia levar à
desaceleração econômica e até mesmo fortalecer governos de extrema direita.
Por
fim, o deputado ressaltou a importância de buscar uma meta de crescimento médio
anual de 4%, alinhando-se com a posição da presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffmann, como uma forma de estabilizar a democracia e promover o sucesso do
governo Lula.
Foto: Pablo Valadares, Câmara dos Deputados
Fonte TV 247