Foto de Cazuza com ministro Luiz Roberto Barroso fará parte do acervo do Centro Cultural Cazuza, em Vassouras

Centro Cultural inaugura dia 11/5

 13/04/2018     Cultura   
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Agenor de Miranda Araújo Neto, um ilustre desconhecido até mesmo para os colegas de escola, estaria fazendo 60 anos. Na verdade, Agenor é o nome que consta na certidão de nascimento do genial Cazuza, poeta e pop star, mesmo contra as primeiras avaliações da principal gravadora de discos da época no Brasil, a Som Livre, cujo presidente era João Araújo, seu pai.

Cazuza venceu tudo e todos e se tornou o poeta exagerado, ?pra te mostrar quem sou?, e mostrou. Exagerado e necessário naquele momento histórico de redemocratização, quando o Brasil fazia as pazes com a liberdade de expressão. Aos 32 anos, no início da década de 90, Cazuza deixou a vida e entrou na história, deixando um enorme legado, rompendo as barreiras do preconceito, quando no auge da fama divulgou que era soro positivo e que tinha contraído o vírus da AIDS, um tabu fatal da época, mas que abriu caminho para que milhares de soros positivos pudessem ter uma vida melhor. Cazuza sempre foi um revolucionário.

Na preparação para as comemorações de seus 60 anos, a sempre generosa locomotiva Lucinha Araújo tem reservado vários projetos que envolvem a obra do filho, e nossa região não ficou de fora e está ganhando o Centro Cultural Cazuza, sediado no casarão onde Lucinha Araújo nasceu. Lucinha é vassourense, e conheceu o marido na praça central de Vassouras. João Araújo era do Rio, mas sua mãe, dona Maria José Rangel de Araújo, era vassourense, e ele passava um período na cidade serrana quando conheceu Lucinha, a filha do meio de dona Alice Torres Portela da Silva, o que levou Lucinha a viver o resto de sua vida no Rio de Janeiro.

Mas era no casarão de Vassouras que Cazuza ficava no período de férias escolares, quando criança. O casarão tem quase 160 anos, foi construído em 1849 e vem sendo reformado há mais de um ano, a um custo de mais de 2 milhões de reais, e será reaberto como um centro cultural em 11 de maio deste ano.

A celebração pela abertura incluirá um show de Sandra de Sá, na praça central da cidade. No dia seguinte, será a vez de Gilberto Gil. Lucinha conta da realização com orgulho. ?Instalei um elevador, vou levar alguns objetos do Cazuza para serem expostos lá, vamos ter uma réplica da estátua de Cazuza (instalada no Leblon em 2016) e instalarei um televisor para exibir alguns dos principais shows dele?. Além da réplica da estátua, terá a foto de Cazuza com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Carlos Barroso, também vassourense.

Lucinha também revela mais detalhes sobre o disco de canções inéditas escritas por Cazuza, prometido há tempos. As letras deixadas por ele serão reinterpretadas por nomes como Leoni, Wilson Sideral e Xande de Pilares. Em uma dessas músicas está o poema que Cazuza fez para sua avó paterna, depois de muita insistência da dona Maria José Rangel de Araújo, que é, aliás, fundadora de uma das primeiras escolas de Vassouras.Agenor de Miranda Araújo Neto, um ilustre desconhecido até mesmo para os colegas de escola, estaria fazendo 60 anos. Na verdade, Agenor é o nome que consta na certidão de nascimento do genial Cazuza, poeta e pop star, mesmo contra as primeiras avaliações da principal gravadora de discos da época no Brasil, a Som Livre, cujo presidente era João Araújo, seu pai.

Cazuza venceu tudo e todos e se tornou o poeta exagerado, ?pra te mostrar quem sou?, e mostrou. Exagerado e necessário naquele momento histórico de redemocratização, quando o Brasil fazia as pazes com a liberdade de expressão. Aos 32 anos, no início da década de 90, Cazuza deixou a vida e entrou na história, deixando um enorme legado, rompendo as barreiras do preconceito, quando no auge da fama divulgou que era soro positivo e que tinha contraído o vírus da AIDS, um tabu fatal da época, mas que abriu caminho para que milhares de soros positivos pudessem ter uma vida melhor. Cazuza sempre foi um revolucionário.

Na preparação para as comemorações de seus 60 anos, a sempre generosa locomotiva Lucinha Araújo tem reservado vários projetos que envolvem a obra do filho, e nossa região não ficou de fora e está ganhando o Centro Cultural Cazuza, sediado no casarão onde Lucinha Araújo nasceu. Lucinha é vassourense, e conheceu o marido na praça central de Vassouras. João Araújo era do Rio, mas sua mãe, dona Maria José Rangel de Araújo, era vassourense, e ele passava um período na cidade serrana quando conheceu Lucinha, a filha do meio de dona Alice Torres Portela da Silva, o que levou Lucinha a viver o resto de sua vida no Rio de Janeiro.

Mas era no casarão de Vassouras que Cazuza ficava no período de férias escolares, quando criança. O casarão tem quase 160 anos, foi construído em 1849 e vem sendo reformado há mais de um ano, a um custo de mais de 2 milhões de reais, e será reaberto como um centro cultural em 11 de maio deste ano.

A celebração pela abertura incluirá um show de Sandra de Sá, na praça central da cidade. No dia seguinte, será a vez de Gilberto Gil. Lucinha conta da realização com orgulho. ?Instalei um elevador, vou levar alguns objetos do Cazuza para serem expostos lá, vamos ter uma réplica da estátua de Cazuza (instalada no Leblon em 2016) e instalarei um televisor para exibir alguns dos principais shows dele?. Além da réplica da estátua, terá a foto de Cazuza com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Carlos Barroso, também vassourense.

Lucinha também revela mais detalhes sobre o disco de canções inéditas escritas por Cazuza, prometido há tempos. As letras deixadas por ele serão reinterpretadas por nomes como Leoni, Wilson Sideral e Xande de Pilares. Em uma dessas músicas está o poema que Cazuza fez para sua avó paterna, depois de muita insistência da dona Maria José Rangel de Araújo, que é, aliás, fundadora de uma das primeiras escolas de Vassouras.